Esta quarta-feira (08) poderá significar o início de um período de obtenção de respostas para mais de 19 mil famílias, residentes no bairro do Pinheiro, que foi atingido por buracos e rachaduras após fortes chuvas em fevereiro de 2018.

Foi mais de um ano em busca de respostas que pudessem apontar um norte para o problema, que ultrapassou os limites do bairro e tornou uma causa de toda cidade.  Após todo esse período outros dois bairros foram identificados com o mesmo problema: Bebedouro e Mutange, o que provocou ainda mais a pressão popular em busca de posicionamento das autoridades e técnicos que estudam o caso.

Durante esses longos meses, toda cidade acompanhou o drama e a aflição das famílias que precisaram deixar suas casas após a ordem de evacuação da Defesa Civil, o decreto de emergência da Prefeitura e a luta para liberação do aluguel social e busca por uma nova moradia.

Além da mudança, os moradores ainda conviveram com as fakes news, casas saqueadas, com os altos preços de alugueis e com a solidão do bairro que cada dia ficava mais deserto.

Foram famílias que tiveram que deixar seus lares, onde conviveram há mais 20, 30 anos, com o medo constante que "o pior acontecesse". O comércio sofreu e sofre um impacto muito negativo com a saída dos moradores e queda irreparável nas vendas.

Mas o que sabemos até o momento sobre as rachaduras no Pinheiro? De concreto tem o atestado da Defesa Civil que identificou que três fendas, cada uma com cerca de 1,5 km de extensão, cortam o bairro e atingem em cheio 2.480 moradias.

Diversos estudos foram elaborados, assim como diversas hipóteses para também: as rachaduras seriam provocadas pela falta de drenagem no bairro, por uma falha geológica ou causada pela atividade de mineração da Braskem nesses três bairros.

São essas respostas que estão sendo aguardadas pelos moradores e maceioenses nesta quarta-feira.