O deputado federal Marx Beltrão foi enfático na cobrança por respostas da CPRM para os estudos no bairro do Pinheiro. A cobrança do parlamentar foi feita na manhã desta quinta-feira (21) durante a audiência pública do Senado sobre o “afundamento” do bairro. Marx ainda questionou a fala do presidente Jair Bolsonaro, que imputou à mineração a responsabilidade sobre os problemas enfrentados pela comunidade.

“Queremos a finalização dos estudos, até porque não sei se de forma irresponsável ou não, o presidente da República deu uma declaração à imprensa apontando que a causa do problema do Pinheiro era a mineração. Não sabemos, enfim, se a causa é ou não é a mineração. Porque se o presidente fala isso, a sensação que fica é que estão nos escondendo algo, e isso não pode ocorrer em hipótese alguma” cobrou Marx Beltrão.

O deputado ainda disse o governo federal não sinalizou com medidas concretas como liberação do FGTS e PIS/PASEP, oferta de linhas de financiamento imobiliário e de crédito para empreendedores e empresário do bairro. O coordenador da bancada federal relatou o sentimento de pânico da população. 

“A comunidade do Pinheiro está amedrontada, com razão, e precisa saber o que vai acontecer com suas casas, se vai ter que morar em outro bairro, se vai haver condições de o governo ajudar a comprar outras casas, ou não, se o bairro vai precisar ser evacuado, ou não” disse Marx Beltrão cobrando posicionamento da Companhia.

A Comissão de Transparência, Governança, Fiscalização e Controle e Defesa do Consumidor (CTFC) Senado realiza nesta quinta-feira uma audiência pública interativa com o objetivo de debater a situação enfrentada pelo bairro do Pinheiro e adjacências, no município de Maceió (AL). 

Por causas ainda desconhecidas, o local está sofrendo sérios danos sismológicos. As áreas dos bairros de Pinheiro, Mutange e Bebedouro estão sendo afetadas com tremores e rachaduras de terra que representam a ameaça de uma grande catástrofe para a população. O requerimento para a realização da audiência foi elaborado pelo senador Rodrigo Cunha.