Os simpatizantes ferrenhos de Jair Bolsonaro não entendem e não aceitam como grandes veículos de comunicação estão se postando contra as declarações destrambelhadas do presidente.
E os meios de comunicação também não compreendem os motivos dos discursos e improvisos que enfraquecem a fala presidencial que tantas vezes precisa ser reinterpretada por auxiliares ou pelo vice para reduzir o estrago.
O problema é que o grupo Globo, Estadão, entre outros da grande mídia, e os seus parceiros empresários apostaram que Jair Bolsonaro – único capaz de derrotar o PT nas eleições do ano passado – iria priorizar a agenda econômica.
Esses setores tratam a agenda econômica, o enxugamento do estado e a criação de um ambiente ideal para os negócios como prioridade absoluta, acima de tudo e de todos.
Contudo, Jair Bolsonaro e os seus simpatizantes de ultradireita vêm com extrema importância a pauta de costumes na cultura, educação, orientação sexual, racismo e violência policial.
Portanto, esse é o tema relevante, central pra essa turma populista de ultradireita. E que define espaço e território sobre comportamento e tenta criminalizar opções diferentes.
O fato é que até para a elite política e econômica que optou por tirar o PT do poder e derrotar o candidato do partido, assim como se afastaram de opções mais de centro, centro-direita, direita, Jair Bolsonaro é um criador de crises.
Por tudo isso, talvez, é que o Globo publicou editorial em que manda o presidente trabalhar e sair das redes sociais (leia aqui). O do Estadão, por sua vez, diz que “Vai mal um país cujo presidente claramente não entende qual é seu papel, especialmente quando não consegue dominar os pensamentos que, talvez, lhe venham à mente”, (leia aqui).
Bom, como o tempo de mandato ainda é muito curto, o que temos é um presidente destrambelhado, idiota, violento ou é um político genial?