Certamente você ainda lembra muito bem do ex-senador, ex-presidente do PSDB, ex-presidenciável Aécio Neves (PSDB-MG). Após ser derrotado pela ex-presidente Dilma Rousseff na eleição de 2014 todos apostavam que o político logo chegaria ao topo da carreira. Contudo, foi alvejado e caiu definitivamente nos desdobramentos da Operação Lava Jato e nas suspeitas de recebimento de propina da JBS.
Sem condições eleitorais de disputar a reeleição em Minas Gerais, Aécio se salvou sendo eleito deputado federal. Mas na Câmara dos Deputados tem atuado de foram discretíssima. Ele, que também é ex-presidente da Câmara, não apresentou até agora nenhum projeto, não pediu cargos na Mesa Diretora, não será indicado pelo PSDB para presidir comissões, não abriu a boca para discursar no plenário, e só aparece quando tem votação, caso contrário terá desconto no salário.
O parlamentar, um dos 367 deputados que impôs a primeira derrota do governo Bolsonaro na votação que derrubou o decreto sobre documentos ultrassecretos, tem como rotina, quando não há votação, ficar isolado no gabinete.Atuar nas sombras é uma forma de proteção para Aécio Neves e para o partido, pois evita críticas e pressões da opinião pública.
Nesta quarta-feira (20) reunião da cúpula dos tucanos arquivou todos os pedidos de expulsão de membros do partido. No pacotão, o agora deputado acabou beneficiado.