O real mundo político - com ou sem Lula, Bolsonaro, Sarney, Dilma, generais, entre outros - é completamente diferente, é desafiador. O pedaço de poder a ser dado aos outros poderes é imenso. Por isso o projeto de reforma da Previdência, por exemplo, entregue nesta quarta-feira (20) ao Congresso pelo presidente Jair Bolsonaro tem um preço real.

Parlamentares governistas vão aproveitar o momento para o acerto de contas, que é o custo do apoio. E isso passa pela distribuição de cargos de segundo e terceiro escalão, manutenção de subsídios para diversos setores da economia e aumento na indicação de recursos para obras e repasses federais.

Um deputado novato, por exemplo, teria direito a indicar R$ 7,5 milhões. A cota para os reeleitos seria de R$ 10 milhões. O toma lá, dá cá, portanto, está bem vivo. É o jogo o de sempre: Ou dá, ou desce.

O Orçamento da União aprovado em 2018 prevê R$ 15 milhões a cada parlamentar em emendas individuais.

Se o ‘acerto real’ não for feito a reforma da Previdência vai dormir em berço esplêndido.