Independente do resultado das eleições que definiram os presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, os políticos alagoanos foram protagonistas.
Apesar de derrotado na disputa pelo comando da Câmara, o deputado federal JHC entra definitivamente no circuito de parlamentares do PSB. Em ascensão, começa o caminho que pode consolidá-lo como uma liderança nacional da sigla.
Estreia interessante foi a do deputado federal Isnaldo Bulhões (MDB). O debutante emplacou um cargo na Mesa Diretora comandada por Rodrigo Maia (DEM-RJ).
Mas os olhos dos brasileiros estavam mesmo voltados para os alagoanos envolvidos na disputa pelo comando do Senado. O ex-presidente Fernando Collor (PROS) e Renan Calheiros (MDB).
Apesar da desistência da candidatura nos minutos finais, Renan foi derrotado não apenas pela ação do governo Bolsonaro, mas também pelas redes sociais que fez com que senadores revelassem a cédula com o voto.
Particularmente fiquei assustado com a quantidade de novos senadores circulando no plenário, gravando mensagens com o celular suspenso na altura do rosto.
Outros faziam enquete no Facebook sobre como proceder e votar. Se a moda pega – e acho que pegou - teremos senadores virtuais, uma espécie de big brother político onde tudo pode acontecer nas votações, onde o imprevisível vai reinar ora para um lado, ora para outro.
Uma situação cuja tendência é criar imensa instabilidade política e jurídica.
Senadores idiotas e desinformados comandados por seguidores e usuários imbecis que acham que o plenário é soberano. Não é e é. O limite da soberania é definido pela lei, regimento, enfim, caso contrário é um Poder acima dos demais e aí deixa de ser democracia, perde-se igualdade entre poderes e capacidade de moderação
EM TEMPO – Análise do jornalista Luis Nassif sobre o voto secreto:
"Porque o voto secreto foi considerado um avanço nas modernas democracia?
Primeiro, por impedir a pressão dos mais fortes sobre os mais fracos. Dois exemplos simples:
a pressão das milícias sobre os eleitores dos territórios conquistados;
a pressão do Executivo sobre o parlamento, em todas suas instâncias.
Segundo, por reduzir as barganhas. Na votação em aberto, as barganhas são extremamente facilitadas, porque o alvo da pressão é obrigado a comprovar que entregou o combinado. Houve uma intensa e maliciosa campanha pelo Twitter contra a votação secreta. Tendo sido instituída para impedir as barganhas e as pressões espúrias, nesse circo-hospício brasileiro, se transformou em atentado à transparência".
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