A eleição para presidente do Senado é fundamental para o MDB retornar ao centro da política brasileira, enfraquecido após as eleições de 2018.
Disputando a indicação do partido com a senadora Simone Tebet (MS), Renan Calheiros anuncia o nascimento de um novo Renan, agora menos estatizante e mais liberal.
São essas mensagens que ele envia ao novo governante: está pronto para servir as pautas liberais de um governo escolhido pelo povo e apoiar as medidas administrativas e econômicas anunciadas.
Porém, a verdade nua e crua é que o novo e o velho inexistem. O que existe é o senador de sempre, único, sobrevivente capaz de adaptar-se as circunstâncias políticas e as tendências de momento determindas pelo momento político.
Contudo, dentro do MDB há quem trabalhe para que ele desista da candidatura e apoie a senadora para evitar que o partido perca a eleição.
Pragmáticos acima de tudo, alguns caciques da sigla sabem que Simone Tebet não é controlável pela cúpula, só que o nome dela pode ser aceito mais facilmente pelo governo e por outros partidos, portanto, teria mais chances de vitória.
O ‘sobrevivente’ vai disputar até quando achar que pode vencer. O prazo parece ser esta quinta-feira (31) em uma nova reunião da bancada do MDB.
Há quem afirme que os demais postulantes ao cargo admitem apoiar Simone Tebet, desde que ela saia da reunião da bancada indicada.
Uma grande desvantagem para a senadora é que o velho Renan acredita que criou o novo Renan e com ele tem dialogado e orientado. Se um sobrevivente já dá trabalho, imagine dois.
Ora surge um, ora outro, de maneira conveniente.