Uma análise das contas públicas divulgada pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) nesta segunda-feira, aponta que Palmeira dos Índios gasta R$ 117,32 ao ano com saúde para cada cidadão. É o menor investimento entre todos os municípios alagoanos, o que credencia Palmeira (que parou no tempo nessas últimas décadas por conta de prefeitos incapacitados) a ocupar o último lugar no ranking de despesas com ações e serviços no ano de 2017. Também figuram entre os municípios que gastaram um valor menor, União dos Palmares (R$ 127,95); Atalaia (R$ 128,52); Santana do Ipanema (R$135,91); e Viçosa (R$ 155,92).
Os dados levantados pelo Conselho são referentes às despesas do Governo Federal, dos estados e dos municípios com itens como custeio de hospitais, compra de equipamentos e pagamento de funcionários da Saúde. De acordo com os números, municípios menores, em termos populacionais, arcam proporcionalmente com uma despesa per capita maior, no entanto, Palmeira dos Índios, é a quarta maior cidade do Estado.
Entre os municípios alagoanos que gastaram um valor maior na saúde, por habitante, estão: Pindoba (R$ 658, 45); Olho D’Água Grande (R$ 580,17); Mar Vermelho (R$ 517, 61); e Satuba (R$ 501,83) .
Repasses
A gestão do atual prefeito de Palmeira dos índios, Júlio Cezar (PSB), durante o ano de 2017, recebeu da União por meio do Ministério da Saúde, recursos federais que chegam a R$ 50 milhões em seu primeiro ano de mandato. Foram recursos destinados para Média e Alta Complexidade (MAC) que engloba Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e o Hospital Regional Santa Rita, assim como também, para o Piso da Atenção Básica (PAB), que recebe recursos divididos em duas modalidades – o PAB fixo e PAB variável.
“A população de Palmeira dos Índios tem enfrentado uma série de dificuldades em vários setores, embora a saúde pública venha sendo de fato, um dos maiores, dentre todos os problemas. Desde que assumiu a Prefeitura, em janeiro de 2017, Júlio Cezar vem sendo alvo de denúncias por munícipes; seja pela ausência de exames, de medicamentos -muitos conseguiram por meios jurídicos- e diversas reclamações em relação ao atendimento básico de Saúde. A dificuldade na retirada de medicamentos gratuitos era uma das reclamações”, relata o site Estadão Alagoas, que apurou toda essa matéria.