O trote ainda é um problema recorrente no Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) em Alagoas. Apesar de ser considerada uma “brincadeira”, o trote telefônico atrapalha o trabalho de quem está na central de atendimento do Samu, congestiona a linha e ainda prejudica quem está passando por um problema e precisa de atendimento rápido.

Em cinco dias, de sexta-feira (21) até terça-feira (25), o Samu recebeu 7.935 ligações telefônicas pelas duas Centrais, localizadas em Maceió e Arapiraca. Dessas ligações, 4.425 foram trotes.

Na capital, durante esses dias, o Samu recebeu 4.653 ligações, sendo 2.214 trotes. No mesmo período, em Arapiraca, das 3.282 ligações recebidas, 2.011 foram de trotes. A assessoria de comunicação do Samu informou ao Cada Minuto que ainda não tem o total de número de trotes recebidos em 2018.

A assessoria também informou que quando as pessoas que passaram os trotes são identificadas, o Samu envia um relatório à Secretaria de Estado da Saúde de Alagoas (Sesau) e eles enviam para o Ministério Público Estadual que toma os procedimentos cabíveis.

Para minimizar os problemas, o Samu tem um projeto de conscientização para alertar a população sobre os riscos que um trote pode causar. O projeto 'Samu nas Escolas' oferta, semanalmente, palestras para crianças e adolescentes mostrando quais são as consequências de se passar um trote.

Outro projeto é o “Conheça o Samu” que apresenta a população o trabalho dos profissionais. Um stand é colocado em pontos estratégicos da capital para conscientizar sobre os perigos do trote.

Trote é crime

Segundo o Art. 266 do Código Penal “interromper ou perturbar o serviço telefônico” é crime e o infrator poderá incorrer em pena de detenção de um a seis meses ou multa; e o presente artigo se enquadra em qualquer caso e vítima.