O vazamento do assessor de Viviane Senna, Mozart Neves Ramos – diretor do Instituto Ayrton Senna, como provável ministro da Educação do governo Jair Bolsonaro foi logo atacado pela bancada evangélica. O educador citado tem o perfil considerado moderado em demasia pela bancada da ‘Bíblia’. Com isso, a rotina foi mantida: Bolsonaro novamente recuou. A expectativa para ocupar o cargo agora está entre o colombiano Ricardo Vélez Rodriguez e o procurador da República Guilherme Schelb, com quem Bolsonaro deve conversar nesta quinta-feira (22), em Brasília.
Schelb é defensor da proibição de que as escolas discutam assuntos envolvendo gênero e sexualidade e da escola sem partido. Ele foi o autor, no ano passado, de uma notificação extrajudicial dirigida a diretores de escolas e professores que dizia que se eles apresentassem em sala de aula conteúdo sobre sexualidade poderiam ser processados. A PFDC (Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão) divulgou nota técnica afirmando ser inconstitucional a iniciativa de Guilherme Schelb para proibir esse tipo de discussão nas escolas.
Já o colombiano Ricardo Vélez Rodriguez coordena o Centro de Pesquisas Estratégicas da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). Ele é membro do conselho consultivo da Universidade Católica Portuguesa (Lisboa), do Instituto de Geografia e História Militar, Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro e da Academia Brasileira de Filosofia. Autor de “Da Guerra à Pacificação”, “O Patrimonialismo Brasileiro em Foco” e “A Grande Mentira – Lula e o Patrimonialismo Petista”. O professor também é mestre e doutor em Filosofia.