O diabetes é uma doença séria que não escolhe cor, idade ou sexo, mas que merece bastante atenção e cuidado. Além disso, é uma doença crônica que ocorre quando o organismo não consegue produzir a quantidade necessária de insulina ou não utiliza adequadamente esse hormônio, que é produzido pelo pâncreas e controla a proporção de glicose (açúcar) no sangue. Devido a isso, o nível de glicose sobe acima do normal e acaba afetando órgãos, nervos e vasos sanguíneos, que geram grandes consequências para a saúde.
A doença pode ser diagnosticada por meio de exames como glicemia em jejum, hemoglobina glicada e curva glicêmica. Depois que o diabetes é descoberto, o paciente pode passar por vários tipos de tratamento, como dieta equilibrada, exercícios físicos regulares, medicamentos e injeções de insulina, para controle do nível de glicose no sangue. O diagnóstico precoce e um pronto tratamento são fundamentais para evitar as graves complicações que o diabetes tem em suas etapas mais avançadas.
Atualmente, cerca de 12,4 milhões de brasileiros têm diabetes, e a tendência é de alta. Esses são os números oficiais, de acordo com dados da Federação Internacional de Diabetes, mas na maioria dos casos, o problema pode ser ainda maior, por um motivo: um grande número de pessoas simplesmente não sabe que já contraiu a doença e não procuram ajuda médica. O levantamento de dados torna o Brasil o 4º país com o maior número de diabéticos no mundo.
Dados do Ministério da Saúde (MS) revelam que, em Maceió, a diabetes cresceu cerca de 60,4% entre os homens e 50% entre as mulheres durante o período de 2016 a 2017. As taxas são umas das mais altas do país.
Em comemoração ao Dia Mundial de Combate a Diabetes, que aconteceu no dia 14 de novembro, o Conselho Regional de Farmácia de Alagoas em parceria com o Conselho Federal de Farmácia promoveram a campanha “Diabetes não tem cara. Faça o teste”. A campanha vai até o dia 30 de novembro com o objetivo de realizar testes gratuitos em seis farmácias, sendo três em Maceió e três em Arapiraca. Os testes medem a glicemia capilar, circunferência abdominal, peso e altura que ajudam a rastrear os casos suspeitos da doença. Dessa forma, após identificar o maior número possível de pessoas que possam ter a doença, elas serão encaminhadas aos serviços de saúde para diagnóstico e tratamento.
De acordo com a presidente do CRF/AL, Mônica Meira, essa é uma campanha nacional e que todos os estabelecimentos aderiram voluntariamente. “Todos os testes são gratuitos e ao final do atendimento, o farmacêutico aplicará o teste Finnish Diabetes Risk Score (FINDRISC), que contribui para a avaliação do risco de desenvolvimento do diabetes”, explicou.
Sabendo que, no Brasil, mais de 5,7 milhões de pessoas têm diabetes e não sabem, e outros 14,6 milhões correm o risco de desenvolvê-lo num futuro próximo, segundo estimativa feita em 2017 pela Federação Internacional de Diabetes, Mônica relata que é preciso mostrar à sociedade que a farmácia é um estabelecimento de saúde, e que os farmacêuticos estão aptos a realizar este atendimento inicial e se necessário fazer o encaminhamento ao médico.
*Estagiária sob supervisão da editoria com Assessoria