Com autorização do Supremo Tribunal Federal (STF), a Polícia Federal deflagrou, nesta quinta-feira (27), operação de busca e apreensão em dois endereços do senador Ciro Nogueira (PP-PI), em Teresina, no Piauí.

O inquérito – iniciado após acordos de delação premiada por executivos da Odebrecht com à Procuradoria-Geral da República (PGR) - apura crimes de corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa supostamente praticados por empresários, políticos e doleiros.

Ciro Nogueira é candidato á reeleição e lidera as pesquisas. Político profissional, participou dos governos petistas, em seguida trocou de lado e apoiou a queda de Dilma e o governo Temer.

Nestas eleições levou o seu partido, no plano nacional, para a coligação comandada pelo presidenciável Geraldo Alckmin (PSDB), inclusive indicando como vice a senadora Ana Amélia (PP-RS).

Mas no plano local, na sua cozinha, o Estado do Piauí, apoia à reeleição do governador petista Wellington Dias e pede votos para Fernando Haddad (PT).

Assim como Ciro Nogueira, tem um monte de políticos com o mesmo perfil país afora, especialmente em Alagoas.

Ah, antes que eu esqueça, foi indicação de Ciro Nogueira a ida do deputado federal Maurício Quintella (PP-AL) para o Ministério dos Transportes.

Candidato a senador por alagoas, Quintella tem perfil semelhante ao de Nogueira: está com os Calheiros nesta eleição, mas é aliado de Rui Palmeira; apoiou Lula e Dilma, mas ficou com Temer, entre muitas outras ações similares pretéritas e atuais.