Entre os anos de 2015 e 2018 [até o mês de agosto], a Polícia Militar de Alagoas registrou oito casos de suicídio de militares de Corporação. Dos casos, segundo informou a assessoria de comunicação da PM, somente esse ano, três suicídios foram cometidos por mulheres.

O assunto veio à tona após o suicídio da soldada Laysa Avelino, de 29 anos, em Arapiraca e chamou atenção do presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB, Ricardo Moraes.

O presidente informou à reportagem que ainda não sabe a providência que a Comissão vai tomar, mas disse que vai apurar os casos juntamente com a presidente da OAB, Fernanda Marinela.

“Não sabemos quantos casos são ainda, mas recebemos algumas informações e precisamos apurar para tomar uma providência sobre essa situação que nos preocupa”, destacou Ricardo.

Para minimizar os índices de suicídio, a PM disse que conta com o Centro de Assistência Social (CAS) e tem mobilizado esforços na construção de estratégias.

Além disto, a PM conta com o Programa de Prevenção ao suicídio que tem como objetivo diminuir o comportamento suicida na Polícia Militar de Alagoas, através de ações de prevenção e assistência.

As ações de prevenção universal incluem: palestras campanhas e capacitações nas unidades com objetivo de diminuir o estigma sobre o tema, favorecer a detecção precoce e o tratamento apropriado das condições associadas ao suicídio, como os transtornos mentais e o alcoolismo. Outras ações do Programa envolve o atendimento de policiais após uma tentativa de suicídio, o monitoramento dos casos e a assistência aos familiares e às unidades após um suicídio consumado. 

Os militares que desejarem um acompanhamento para tratamento com uma equipe multidisciplinar também pode procurar a sede do CAS, que fica localizada na Rua Sebastião da Hora, 80, no bairro Gruta de Lourdes, em Maceió-AL. O local funciona de 07h às 18h.