Pouco mais de um ano após a praga de bicho-de-pé, os moradores da comunidade Sururu de Capote, no bairro do Vergel do Lago, ainda sofrem com a infecção causada por pulgas que depositam ovos na pele e causam inflamações.
O parasita, que se desenvolve rapidamente, tem a prevenção como única forma de controlar e evitar novas infecções, evitando-se frequentar ambientes com lixo e pouco saneamento, e andar descalço em solos com areia e lama.
No ano passado, os integrantes do Instituto Servir, uma organização não governamental que atua na região, descobriram o surto e fizeram uma campanha para mobilizar profissionais de saúde, que se sensibilizaram e fizeram a retirada das pulgas dos pés dos moradores da comunidade.
O instituto, que atua em áreas como desenvolvimento comunitário, educação, empreendedorismo, geração de emprego e saúde, promove ações e também apoia projetos de responsabilidade social. Para o administrador da ONG, Robert dos Santos, a falta de saneamento é uma das principais causas da doença.
“Na época da praga, nós conseguimos o apoio de profissionais da saúde e doações de remédios, mas a doença não se extinguiu. As pulgas foram retiradas, mas o problema sempre volta. A falta de saneamento contribui demais pra proliferação do bicho-de-pé e de outras doenças que não são divulgadas”, afirma Robert.
Robert fala que muitas crianças ainda contraem a doença. “A gente sempre tenta ficar de olho nas crianças, observar os pés quando elas estão brincando, porque sabemos que elas andam descalças e que na comunidade não tem saneamento. O problema é que nem sempre conseguimos identificar e tratar”.