Enquanto a cúpula do PT bate o pé, fica enfezada e não aceita discutir qualquer nome ou perspectiva de aliança que possa significar um substituto ao ex-presidente Lula nas eleições presidenciais, os governadores petistas e de partidos de esquerda pressionam por outro caminho.
Camilo Santana (CE), Rui Costa (BA), Fernando Pimentel (MG), Wellington Dias (PI), Flávio Dino (PCdoB-MA), Paulo Câmara (PSB-PE), entre outros, defendem que o PT deve avançar em suas conversas com aliados, especialmente com a alternativa Ciro Gomes (PDT) para presidente e o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT) como vice.
O que pressiona os governadores é a disputa local e a necessidade de tocar adiante alianças, definições de candidaturas e formação de chapa. O tempo urge. Mas as lideranças petistas rejeitam qualquer discussão nesse sentido. O temor é que o PT e as esquerdas percam o tempo exato de subida no trem eleitoral que já está em movimento (leia aqui uma entrevista do governador cearense Camilo Santana sobre o tema).
Alckmin X Bolsonaro
Discurso de campanha eleitoral no Planalto Central. De um lado o belicoso e vazio Jair Bolsonaro. Do outro o fragilizado e questionado Geraldo Alckmin, aconselhado a prometer ao presidente Temer um cargo no governo, caso eleito, para manter o foro no STF em troca do apoio da máquina governamental e de parte do MDB.
Pois bem, o duelo foi o seguinte: durante uma feira de tecnologia, agricultura familiar e cooperativas do Programa de Assentamento do Distrito Federal, o deputado defendeu a tipificação das ações do MST como terrorismo, prometeu continuar fazendo a reforma agrária para a agricultura familiar e disse ainda que o agronegócio vive uma crise de segurança e que vai distribuir fuzis.
Quando Alckmin apareceu, minutos depois, prometeu “distribuir é trator. O que o produtor rural precisa é produzir e, para isso,
não precisa de fuzis, mas de tratores”.
Jair Bolsonaro tem cerca de 15% de intenções de votos. Alckmin, em queda livre e segura, ocupa a faixa dos 4%.