Antes de qualquer coisa vão dar aos eleitores uma maior (melhor?) opção. E vão também, especialmente a candidatura do vereador Kelmann Vieira, caso seja confirmada na disputa ao governo pela oposição, evitar uma vitória da situação por W.O.
Porém, a primeira ação do candidato a senador, Rodrigo Cunha (PSDB), e a do candidato a governador, Kelmann Vieira (PSDB), será a de resgatar e convencer os aliados de que ambos são viáveis.
Algumas pessoas tentam comparar a candidatura ao Senado de Rodrigo Cunha com a de Heloísa Helena. Na primeira vez em que disputou e se elegeu ela teve ao seu lado um grupo político forte comandado pelo então candidato a governador Ronaldo Lessa, responsável pelos acordos com lideranças políticas de todas as cores na capital e no interior.
Sem Lessa e o benefício causado pelos seus acordos, nas eleições seguintes ao Senado HH disputou de forma isolada, sem grupo com musculatura e densidade, e lhe faltou o básico numa eleição majoritária: carro e combustível para circular durante toda a campanha eleitoral. Foi derrotada em sequência.
Certamente, pelo menos o mínimo em estrutura foi garantido ao candidato Rodrigo Cunha, que terá condições de fortalecer o seu discurso de ‘diferente’ na corrida por uma das duas vagas de senador.
Porém, mesmo que tudo dê errado para Kelmann e Cunha eles ainda poderão tirar alguma vantagem. O vereador deixará de ser um desconhecido presidente da Câmara de Maceió para ser reconhecido em todo o Estado e quem sabe, se credenciar como nome para prefeito de Maceió ou, ainda, ter uma reeleição tranquila.
Rodrigo Cunha também poderá se credenciar para disputar a prefeitura de maceió ou a da sua terra natal, Arapiraca. Portanto, algumas derrotas podem resultar em pontos positivos numa trajetória profissional semelhante a uma maratona de longuíssima duração
Porém, até para uma derrota eleitoral poder ser positiva é preciso que os postulantes saibam somar, conquistar lideranças e simpatizantes. Ou seja, deixar, construir um rastro positivo.
Mas não pode ser esquecido, muito menos descartado, que numa disputa eleitoral tudo pode acontecer, pois o imprevisível faz parte do jogo.
O certo aparente neste momento é que pelo menos o tal do W.O. será evitado.