O que estava sendo esperado como um grande acontecimento foi um fiasco. Rodrigo Cunha (PSDB), a ‘novidade na política’, o jovem independente deputado estadual iria anunciar se seria candidato ao governo ou ao Senado. Expectativa que não impactou. Um traque causado por uma sucessão de erros.

Ora, como havia uma boa dose de expectativa, uma coletiva deveria ter sido convocada. Como o parlamentar não é muito conhecido seria uma forma de difundir a sua imagem, mostrar a sua posição e o que pensa como candidato majoritário.

Além disso, ao seu lado deveriam estar os seus apoiadores e aliados para mostrar força política. Nada dessa obviedade ocorreu. Uma nota e um vídeo foram distribuídos com aquele tradicional velho belo discurso político.

O fato é que essa candidatura ao Senado cria alguns aparentes graves empecilhos. O presidente do PSDB, o prefeito Rui Palmeira, vai apoiar e pedir votos para três candidatos a senador, casos de Biu, Quintella e Cunha?

Tem mais: Como Maurício Quintella bandeou-se para o lado dos Calheiros após Rui optar por permanecer na prefeitura, quem será o candidato ao governo pela oposição? Haverá? Isso é muito importante nesse tipo de eleição porque candidatura ao Senado só tem sentido e força somada a de governador. Isoladamente perde esses atributos e o risco de derrota é forte.

A história mostra isso. Ano de 1994. Como não havia reeleição, o governador Geraldo Bulhões lança Pedro Vieira - professor, engenheiro e ex-prefeito ‘tampão’ de Maceió - para o governo. Pela oposição Divaldo Surugay era o candidato mais forte. Para o Senado Renan Calheiros e Téo Vilela ficam com Suruagy.

Bulhões indica Antônio Holanda como senador. Este vivia o auge na política e seria reeleito deputado federal, segundo pesquisas, além dos apoios que tinha nos municípios. Resultado: candidato a senador forte com candidato a governador fraco puxou a chapa pra baixo. Pedro e Holanda perderam feio.

Voltando para o presente, atualmente sequer a oposição tem candidato a governador, o que torna o quadro ainda mais difícil.

Agora, se o objetivo for estar “presente nas prateleiras da política sendo visualizado como o futuro”, Rodrigo Cunha age com perfeição. Certamente, uma candidatura majoritária dá imensa exposição através da propaganda eleitoral gratuita, debates, cobertura jornalística, redes sociais, enfim, abre caminhos para novas rotas.

Especialmente se o objetivo for ser candidato a prefeito de Maceió ou de Arapiraca nas próximas eleições municipais. E essa é a aposta do mercado que circula no meio político. Pode ser que sim e pode ser que não. Pode ser fofoca e inveja, ou não.

Aguardemos.

EM TEMPO - PESQUISAS FORAM FEITAS E NOVAS JÁ ESTÃO SENDO FEITAS COM O NOVO DESENHO.