Enquanto o Tribunal de Justiça de Alagoas não decide sobre a religação dos radares eletrônicos, os conhecidos pardais, em vias movimentadas da capital, a Prefeitura de Maceió alerta que, conforme levantamento realizado pela Superintendência Municipal de Transporte e Trânsito (SMTT), em parceria com o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), aumentou o número de acidentes nos locais onde funcionavam os aparelhos.

 

Segundo informações da SMTT divulgadas nesta segunda-feira, 30 em 2016, antes da implantação dos pardais, foram registrados 177 acidentes nestes pontos; 106 no início da atuação, em 2017, e 218 no primeiro trimestre deste ano, quando os equipamentos já estavam desligados por determinação judicial.

 

O órgão destacou que, houve crescimento de 167% na quantidade total de infrações detectadas pelos equipamentos após o desligamento da fiscalização eletrônica.

 

Com exemplo, a SMTT alertou que, no dia 18 de dezembro de 2017, um dia antes dos “pardais” serem desligados, foram registradas 2.205 infrações de trânsito em todos os pontos de fiscalização eletrônica. No dia 20 de dezembro, um dia após o desligamento, o número de infrações subiu para 2.990.

 

O pedido da Prefeitura de Maceió para religação dos pardais deve ser decidido pelo Pleno do Tribunal de Justiça de Alagoas, em data ainda não definida.

 

Outros registros

 

Em 2017, a SMTT registrou a diminuição de atropelamentos, capotamentos e colisões em comparação ao ano anterior. O número de engavetamentos e choques com objeto estático também diminuiu.  No ano passado, o número de acidentes na Avenida Fernandes Lima reduziu em 10%. Os números também caíram nas Avenidas Governador Afrânio Lages, Álvaro Otacílio e Juca Sampaio.

 

Nos três primeiros meses de 2018, ocorreram 218 acidentes nos pontos onde existia a fiscalização eletrônica. As Avenidas Durval de Góes Monteiro, Fernandes Lima e Menino Marcelo, foram os locais onde houve o maior aumento de ocorrências, respectivamente, 59, 60 e 48 casos computados pela equipe de levantamento de acidentes junto ao Samu.

 

“A fiscalização eletrônica foi um fator contribuinte para que houvesse uma redução nas estatísticas de acidentes de trânsito em alguns pontos. Com o respeito à velocidade máxima permitida para a via, o condutor vai criando o hábito de não acelerar de forma exagerada, tendo, consequentemente, o risco de acidentes diminuído”, frisou o chefe da Divisão de Levantamento de acidentes de Trânsito e Estatísticas, Carlos Moura.

 

 

*Com Ascom/SMTT