Depois de 30 dias voltei a correr. Precisava sentir de novo essa sensação de bem estar, de alegria e de contemplação no início do dia chuvoso. No fim, de volta pra casa, uma olhada nas notícias em busca de inspiração. Nada bom, achei inicialmente, enquanto pesquisava e lembrava das conversas com fontes, amigos e palpiteiros.
Lembrei-me também da jornalista Maria Aparecida de Oliveira, presa no caso que envolve Alfedo Gaspar de Mendonça, hoje chefe do MPE, mas que ficou conhecido após assumir o cargo de secretário de Segurança Pública ao atuar sempre próximo e defendendo constantemente os policiais sob seu comando. Mas teve que deixar o cargo porque era ilegal o exercício, era fora da lei deixar o MPE e exercer cargo de confiança no governo de Renan filho.
Sobre o caso que envolve Maria Aparecida nada tenho a opinar, por enquanto, pois tudo está nebuloso, e considero que os companheiros Célio Gomes ,aqui no Cada Minuto, e Ricardo Mota, no Tudo na Hora, foram precisos, cirurgicos e contundentes em suas opiniões.
O danado é que esse caso me remeteu imediatamente ao deputado federal e presidenciável Jair Bolsonaro e aos seus seguidores. Não que, a princípio, seja possível de bate pronto equiparar Alfredo Gaspar aos citados, nada disso. Mas é que a intolerância parece tomar corpo, a crescer, a ser ouvida, inclusive com o excessivo poder do Judiciário e dos MPs. Porém essa é outra discussão, talvez.
Os tempos são e estão estranhos. Esta terça-feira (25) amanheceu como outras nos últimos anos, como se as notícias fossem iguais, semelhantes, de alguma forma repetitivas: Jornalista recebe ameaça após criticar Bolsonaro; Milly Lacombe critica o ‘Novo’ de Amoedo:’Novo Temer, Aécio....'
E tudo ainda pode piorar.
Mas também há espaço para melhorar.