O que muitos institutos de pesquisas evitam alardear é a altíssima tendência de votos brancos, nulos e indecisos, seja ela especificamente para a disputa dos cargos em Alagoas ou na eleição presidencial.
Levantamento feito por um importante instituto em suas pesquisas feitas desde o ano passado mostra que o número de votos brancos e nulos no estado pode chegar a 50%, o que é altíssimo.
Não que isso altere de maneira importante a tendência de eleição para senador e governador uma vez que as alternativas de escolhas são basicamente as já conhecidas, mas mostra que o grau de insegurança é bastante alto.
Risco de fato existe para a eleição proporcional. São muitos candidatos disputando, provavelmente, um número menor de eleitores. Ainda é cedo, mas a cada dia vai se consolidando a tendência de testemunharmos um recorde de eleitores que, de uma forma ou de outra, não vão indicar um nome como seu representante para o Legislativo estadual ou federal.
Indefinição semelhante ocorre na disputa presidencial. Os eleitores que não sabem em quem votar ou afirmam votar nulo ou em branco ainda somam dois terços do total na pesquisa espontânea, o mesmo patamar registrado há um ano, segundo análise da pesquisa do Datafolha divulgada neste fim de semana.
Até na pesquisa estimulada é altíssima a proporção de indefinidos para uma eleição que será realizada daqui a pouco: 15% no cenário com Lula; entre 26% e 28% sem Lula.
Ou seja, revela absoluta indefinição. É que em outros pleitos, nessa altura do campeonato, já se observava alguma polarização ou tendência mais clara entre os partidos ou nomes com chances de chegar ao segundo turno.
Os pesquisadores do Datafolha afirmam "que 37% dos eleitores integram um grupo que pode oscilar tanto contra quanto a favor de Lula, cuja prisão será um tema inevitável na campanha. É um contingente suficiente para levar a eleição a qualquer rumo. Tudo está em aberto”.
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