O núncio foi feito pelo delegado da PF Milton Fornazari Júnior, responsável pela Delegacia de Repressão a Corrupção e Crimes Financeiros em São Paulo (Delecor). Ele citou em post na rede social que, depois do ex-presidente Lula, “agora é hora de serem investigados, processados e presos os outros líderes de viés ideológico diverso, que se beneficiaram dos mesmos esquemas ilícitos que sempre existiram no Brasil (Temer, Alckmin, Aécio etc).”
O delegado é responsável pela apuração do cartel do Metrô de São Paulo e cuidou, ainda, do inquérito que apura desvios de recursos nas obras do Rodoanel, em São Paulo, que acabou levando o operador do PSDB, Paulo Preto, à prisão na semana passada.
Além do aprofundamento das apurações contra líderes de outros partidos, PF e MPF vão lutar pela aprovação de mudanças na legislação penal e o fim do foro privilegiado.
Ele também comentou, e depois apagou, que o ex-presidente “objetivamente recebeu bens, valores, favores e doações para seu partido indevidamente por empresas que se beneficiaram da corrupção em seu governo”. “Por isso merece a prisão.”
Fornazari disse também que se as investigações futuras do órgão chegarem aos outros líderes políticos que ele enumerou “teremos realmente evoluído muito como civilização”. “Se não acontecer e só Lula ficar preso, infelizmente, tudo poderá entrar para a história como uma perseguição política.”
Leia aqui reportagem publicada pelo Estadão.