O prefeito de Traipu, Eduardo Tavares, já anunciou através dos meios de comunicação que irá renunciar ao mandato para disputar o cargo de deputado federal e que deixará o PSDB por outro partido para facilitar o número de votos a ser atingido. Uma das justificativas para tal decisão é que poderá contribuir mais e melhor com a população atuando em Brasília.
Ex-chefe do Ministério Público Estadual, ex-secretário de Segurança que depois renunciou a candidatura ao governo de Alagoas em 2014, sequer esquentou a cadeira de prefeito e já muda de direção. Talvez por ambição, vaidade ou encheu o saco de ter que ouvir tantos pedidos do povão do município.
Essa decisão também pode ter sido motivada pelo fato de Tavares ter alcançado rapidamente a maturidade política, tão comum e tão nociva, mas presente na maioria dos nossos representantes.
É que se na eleição de governador ele foi chamado de ET (de extraterrestre, que significava iniciante na política), agora virou profissional. Não é qualquer um que abandona as promessas de campanha, busca um partido que pode dar uma eleição mais fácil, especialmente quando esse certo alguém é oriundo do mundo jurídico e discursa como alguém de fora da política.
E é exatamente isso, essas contradições e justificativas presentes no profissionalismo político, que já eleva ET a nomes mais tarimbados como João Caldas, Sérgio Toledo, Maurício Quintella e Marx Beltrão, ‘profissas’ de primeira e pragmáticos.
Por falar nessa turma, nos bastidores eles têm protagonizado cenas de novela das oito de sucesso. As movimentações são dignas de uma bela disputa. Vejamos: Antes da desistência de Rui de disputar o governo Maurício Quintella (PR) já vinha conversando com o governo Renan Filho sobre essa possibilidade. Ao ser confirmada, ele deixou a oposição e implodiu de vez esse grupo. Agora, ao lado da situação pode escolher se quer ser reeleito deputado federal quase sem esforço ou se disputa o Senado.
Por outro lado, o fortalecimento de Quintella enfraqueceu o sonho de Marx Beltrão fazer dobradinha com Renan Calheiros para o Senado. Primeiro Sérgio Toledo saiu do PSC controlado por Marx e foi para o PR de Maurício Quintella com a promessa de que seria o deputado federal mais votado no Sertão. Em seguida Marx perdeu o comando da sigla para João Caldas, pré-candidato ao Senado.
Aparentemente magoado, Marx fez um ‘print’ (cópia) de matérias sobre o caso Sérgio Toledo e encaminhou para o próprio. Quem viu comentou que a reação de Beltrão dava a entender que ele não estava entendendo nada daquilo que estava ocorrendo.
Será?
Aguardemos as cenas dos próximos cpítulos.