As duas histórias citadas no título poderiam ser tratadas separadamente. Mas elas são motivadas pelo mesmo fato inicial a partir das denúncias de corrupção contra políticos e partidos, as eleições de 2014, o afastamento da presidente Dilma Rousseff e a ascensão de Michel Temer ao poder.
Portanto, todos os fatos atuais são consequências lá do início, especialmente por ser o atual chefe do governo brasileiro rejeitado pela população, além de suspeito e investigado por corrupção. É que a ordem natural do sistema foi quebrada, o que implica em consequências como, por exemplo, perda de credibilidade por parte das lideranças políticas e até do Estado.
Um país sem lideranças e sem credibilidade é presa fácil e frágil para vozes que estavam raivosamente silenciosas, no campo interno, e para disputas comerciais ente outras nações. Se anteriormente (últimos 20 anos) o Brasil exercia importante liderança na América do Sul, agora não mais.
O chefe do Comando Sul, Kurt Tidd, advertiu que a presença crescente da Rússia, China e Irã na América Latina faz com que os EUA percam sua influência na região. Para ele, Washington se preocupa com essas alianças e qualificou a região como o "próximo campo de batalha na era da competição de grandes potências".
Tidd, que se refere à América do Sul como "nosso hemisfério", assinalou que os EUA estão em alerta com esses novos sócios da região, em sua opinião "não atribuem o mesmo valor a liberdades e princípios" que os Estados Unidos "compartilham" com o resto das "nações democráticas" do Ocidente. (Leia aqui).
Conclusão: os americanos estão insatisfeitos com as relações comerciais construídas pelos países da América do Sul. Apenas isso, pois inexiste qualquer questão ideológica.
Internamente
O general de exército da reserva Luiz Gonzaga Schroeder Lessa ameaça o STF caso não decida como ele e alguns dos seus amigos querem. Ele afirmou que se o supremo deixar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva solto estará agindo como “indutor” da violência entre os brasileiros, “propagando a luta fratricida, em vez de amenizá-la”.
O general disse que se o tribunal permitir que Lula se candidate e se eleja presidente, não restará outra alternativa do que a intervenção militar. Esse general de pijama foi comandante militar do Leste e da Amazônia e presidiu o Clube Militar.
Para Lessa, se “as Forças Armadas se julgarem na obrigação de agir, haverá muito mais sangue do que o das 60 mil vítimas anuais da violência, porque, dessa vez, somam-se aos interesses globalistas, políticos e ideológicos, os do crime organizado.”
Leia aqui.