Dados apresentados pelo Corpo de Bombeiros Militar de Alagoas (CBMAL) no ano passado apontam que, entre 2013 e 2016, 77 crianças de 0 a 12 anos morreram afogadas no Estado, em água salgada e doce. Na época do verão e em pleno carnaval, a exposição ao perigo aumenta, daí a importância de alguns cuidados que podem salvar vidas.

Conforme os estudos, os meses de janeiro, fevereiro e dezembro lideraram as ocorrências de morte por afogamento entre adultos e crianças, com 13,12%, 11,61% e 10,97% dos casos, respectivamente.

A orientação principal em relação aos pequenos é nunca deixá-los desacompanhados em praias, rios, açudes, piscinas e barragens. Vale lembrar que muitos afogamentos, principalmente entre crianças de até dois anos de idade, acontecem em locais rasos, como bacias, banheiras e baldes.

A informação, inclusive, é destacada no estudo “Perfil Epidemiológico das Mortes por Afogamento Envolvendo Crianças no Estado de Alagoas”, apresentado pelo CBMAL.

Os números demonstram que a maioria dos afogamentos (96,51%) aconteceu em água doce, contra 6,49% em água salgada. Açudes e barragens estão entre os locais que registram maior número de mortes, com mais de 27% dos casos, mas, a variante “outros” – onde são considerados os afogamentos em tanques, baldes, bacias, banheiras e cacimbas - lidera com 35% das mortes, indicando que a maior incidência é dentro de casa.

Sem celular

Independente de qualquer coisa, em casa ou na rua, a presença de um adulto atento - não vale ficar grudado no celular - constantemente ao lado da criança é fundamental para evitar acidentes ou, caso eles ocorram, para garantir um socorro rápido e evitar danos à saúde e até a morte.

É importante lembrar que boias, coletes e similares são acessórios de segurança importantes, mas não substituem jamais o cuidado de um adulto responsável.

Nas praias ou rios mais movimentados, procure ficar próximo aos salva-vidas ou bombeiros. Caso não encontre esses profissionais, atenção redobrada para as placas que sinalizam áreas perigosas, com presença de correntes, ondas fortes e buracos, por exemplo.

Vale ainda ouvir às pessoas da região, que sabem informar exatamente os locais onde o banho deve ser evitado. E, antes do passeio, as crianças precisam ser orientadas acerca dos perigos envolvendo a possibilidade de acidentes.

Adultos

Ainda conforme os estudos apresentados no ano passado, em números gerais, entre 2013 a 2016, Alagoas registrou 465 mortes por afogamento, sendo 88,82% das vítimas do sexo masculino e 11,18% do sexo feminino. Os índices relativos ao tipo de água são similares ao do público infantil, com 84,3% dos casos ocorridos em água doce e 15,7% em água salgada.

Rios (23,66%) e açudes (21,72%) despontam como os mais perigosos para banhistas. O mar é o terceiro local com maior número de incidentes, tendo 15,70% das mortes por afogamento.

*Com informações da Ascom/CBMAL