Jane Di Castro cantou Edith Piaf, na cerimônia de encerramento do IX Prêmio de Direitos Humanos Renildo José dos Santos, organizada pelo Grupo Gay de Alagoas (GGAL) e que aconteceu no prédio da Casa do Advogado, no centro de Maceió, em 15/12.
Com 50 anos de carreira artística, a voz de Jane Di Castro calou as outras vozes presentes.
A voz de Jane Di Castro fala de muitas de nós, mulheres trans, que para uma grande parte da sociedade, ainda somos consideradas aberrações.
Durante a cerimônia quando foi premiada, a artista, cantora e cabeleireira falou da época ditadura, do preconceito, quando não se tinha direito a nada e não podia reclamar.
Nós apanhávamos muito-disse.
Jane Di Castro falou de tortura.
Falou de Crivella, o bispo e a homofobia reinante no Rio.
Jane foi torturada na época da ditadura. E resistiu.
E mesmo diante do preconceito continua resistindo.
Estrelou vários espetáculos de sucessos.
E se fez show.
Recentemente participou, como ela mesma, da novela Força do Querer, na Globo.
E continua a ser ela: Jane Di Castro, cujo “destino era ser star”, no palco e na vida.
Jane Di Castro será uma das atrações da 16ª Parada do Orgulho LGBTI+ de Maceió/AL, que acontece no domingo, 17/12, com concentração às 14 horas, em frente ao antigo Alagoinhas.
A força, a garra de Jane Di Castro nos representa.
Nós, mulheres trans.
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