Sabe aquele antigo e atual esquema de ‘autoridade’ que usa o cargo para ‘mamar nas tetas’ do Poder, fazer favor através de bens públicos a amigos e/ou usar para as suas necessidades, seja um veículo, uma passagem, um almoço e até um avião? Se você pensa que acabou, eerrroouu!

Tudo indica que esse esquema vem ocorrendo e com o envolvimento das maiores autoridades ligadas ao presidente Michel Temer, que são os seus ministros. Inclusive com a participação do ministro dos Transportes, Portos e Aviação Civil, o alagoano Maurício Quintella.

Também estão relacionados Helder Barbalho (Integração Nacional); Gilberto Kassab (Ciência, Tecnologia e Comunicações); Sarney Filho (Meio Ambiente); Dyogo Oliveira (Planejamento, Desenvolvimento e Gestão) e os ex-ministros Antonio Imbassahy (Secretaria de Governo) e Bruno Araújo (Cidades).

Todos eles serão investigados pela Comissão de Ética Pública (CEP), órgão da Presidência da República, que abriu processo para apurar se essas autoridades fizeram uso indevido de aeronaves de Força Aérea Brasileira (FAB). Ou seja, se carregaram em seus deslocamentos oficiais parentes, amigos e empresários.

Caso ocorra comprovação de infração ética por parte de alguma dessas ‘autoridades’, o poder da comissão é aplicar uma advertência e até recomendar ao presidente a exoneração – a comissão apenas recomenda, mas o presidente não é obrigado a segui-la.

Pelo perfil da quadrilha instalada no governo federal, caso seja comprovada infração, se a pena mais dura for indicada ao presidente ela não será cumprida.

Aliás, duvido que a tal da CEP vá adiante, vigilante e com profundidade na apuração desses casos. O governo já tem tantos problemas policias e jurídicos que, certamente, não irá querer criar caso com ministros-políticos.

A única chance de um esclarecimento minimamente confiável é se o MPF se interessar pelo caso.

Se não for assim, o regabofe vai continuar.