Presidenciável aprovado pelo mercado financeiro, o prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), desistiu da candidatura em 2018, apesar de todo o esforço de marketing feito para aparecer como opção. Foram viagens e mais viagens para receber títulos concedidos sem motivo algum por Câmaras de Vereadores, inclusive aqui em Maceió.
O excesso de exposição e de ambição lhe renderam críticas, trapalhadas e uma desagradável ideia de que estaria traindo o seu mentor Geraldo Alckmin, governador de São Paulo, nome natural dos tucanos paulistas na disputa pela presidência.
O ‘Prefake’ (fake significa falso ou falsificação, portanto, prefake significa aquele que quer aparecer, mas não é o que aparenta) que tentava se firmar como o novo na política, só que utilizando antigas ferramentas, desistiu da candidatura. O motivo foi o seu desgaste enorme dentro do PSDB e entre apoiadores de outros setores na capital paulista.
Do Estadão, por exemplo, foi merecedor de um duro editorial que o critica por dar ‘preferência à política ao concentrar seu tempo e sua energia na preparação de voos mais altos. E por sua pouca dedicação à administração municipal, parece querer compensar demitindo ruidosamente auxiliares que contrariam diretrizes de seu governo’.
Por ter agido com tanto barulho sem ter crescido nas pesquisas e por ter enfrentado imenso desgaste entre os administrados da capital paulista, João Doria decidiu que vai concentrar-se em uma agenda municipal.
Ou seja, ele reconhece que precisa ficar em seu gabinete no Viaduto do Chá até o fim do mandato.
Será o fim de um político farsante?
Pode ser, pelo menos por enquanto na aventura presidencial como cabeça de chapa.
No entanto, Doria agora deseja ser o vice do presidenciável Geraldo Alckmin ou disputar o governo de São Paulo.
Tudo isso com menos de um ano no cargo de perfeito.
Pra quem tenta se vender como ‘de fora da política’, o prefake paulistano é mais ambicioso do que aqueles que se dizem políticos profissionais.