Ninguém tem dúvida que o PSDB está bem mais frágil eleitoralmente para uma disputa presidencial em 2018. Tal situação foi alcançada por causa das movimentações políticas feitas pelo senador Aécio Neves.
Levar o partido para o colo do presidente mais rejeitado do mundo, Michel Temer, e, principalmente, pelas suspeitas de recebimento de propinas por parte do próprio senador mineiro, causam uma imensa rejeição por parte dos seus simpatizantes. Essa situação é claríssima nas pesquisas de opinião.
Há saída? Sempre existe - apesar da profunda divisão interna -, desde que os conselhos do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso sejam ouvidos.
O primeiro deles, disse FHC, é que “é preciso reconhecer os erros e corrigi-los”, caso contrário, perderá a capacidade de expressar um sentimento de “esperança”.
Como o PSDB foi criado nos anos 90 por políticos que romperam como PMDB insatisfeitos com o fisiologismo do partido, o segundo conselho sugere que os tucanos precisam mostrar-se diferentes dos peemedebistas, “e se não fizer isso enfrentará nas próximas eleições a mesma resistência do eleitorado que o PMDB enfrenta hoje”.
Sobre a disputa entre o grupo do presidente licenciado do PSDB e investigado na Operação Lava-Jato, Aécio Neves, e o do presidente em exercício, Tasso Jereissati, FHC preferiu não se posicionar.
Porém, deu um recado generalista para o tucanato, mas que também funciona para outras siglas, caso do PT: "É preciso reconhecer os erros e corrigir. Se não fizer isso, os partidos sobrevivem, mas vão perdendo a seiva".
Tem razão FHC?