A primeira pesquisa realizada pelo Ibope, divulgada neste domingo (29), repete o que já foi divulgado por outros institutos, com o ex-presidente Lula e o deputado federal Jair Bolsonaro na dianteira e seguindo para polarizarem a disputa em 2018.

Levantamento foi feito entre os dias 18 e 22 de outubro, ouviu 2.002 pessoas em todos os estados. A margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos.

Se a eleição fosse hoje, segundo resultado da pesquisa estimulada, o ex-presidente teria 35% das intenções; Bolsonaro 13%, e iriam para o segundo turno. A ex-senadora Maria Silva teria 8%; Geraldo Alckmin e Luciano Huck, 5%; João Doria, 4%; e Ciro Gomes, 3%%. Brancos e Nulos, 18%. Não sabem ou não responderam, 5%.

Sem a presença do ex-presidente, a disputa fica entre Jair Bolsonaro e Marina Silva, ambos com 15%, na estimulada. Em seguida, com 8%, aparece Huck; com 7%, estão empatados Ciro e Alckmin, e Doria com 5%. Com 1% aparece Fernando Haddad, que substituiria Lula. Nessa perspectiva, 28% dos eleitores anulariam o voto, 6% não sabem ou não responderam.

Na pesquisa espontânea Lula também lidera, com 26%. Bolsonaro tem 9% e Marina 2%. Alckmin, Doria, Ciro Dilma e Temer ficam com 1%. Brancos e Nulos aparecem com o mesmo percentual do ex-presidente, 26%, e 30% não sabem ou não responderam.

Conclusão: Essa pesquisa do Ibope mostra Lula com uma bela vantagem. Se fosse uma corrida, eu diria “com vários corpos de vantagem”. Observe que na espontânea ele tem quase três vezes mais intenções de votos do que o segundo colocado e treze vezes mais que Marina Silva.

Ou seja, é o único nome com solidez e capacidade eleitoral, pelo menos em comparação com os que estão postos no atual cenário. O fato é que preso ou solto, impedido ou não por decisão judicial, o ex-presidente decide em 2018.

A única forma de ser neutralizado - destruído no imaginário popular e ser inviabilizado politicamente -, é se conseguirem encontrar uma conta no exterior ou alguns milhões de reais em algum imóvel de sua propriedade ou, ainda, em algum local que seja frequentador assíduo.

Caso contrário, Lula é peça decisiva no cenário político eleitoral de 2018. E como tanto tempo já se passou sem que nada semelhante aos casos de Geddel Vieira Lima, Aécio Neves, Eduardo Cunha e Michel Temer tenham ocorrido, é pouco provável que isso aconteça agora.