Em uma nota enviada à imprensa, o Conselho Municipal de Direitos e Cidadania de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais, Intersexuais e todas outras identidades de Gêneros existentes de Maceió afirmou que os vereadores Ronaldo Luz (PMDB) e o Vereador Samyr Malta (PSDC) alimentaram o discurso de ódio contra toda comunidade LGBT.

Toda polêmica envolvendo os dois parlamentares começou após o vereador Ronaldo Luz afirmar em discurso na Câmara de Vereadores de Maceió que “ a homossexualidade é uma doença”. Já o vereador Samyr Malta (PSDC), disse que "ninguém tem coragem de impor limites" ao conteúdo das novelas e reportagens. O parlamentar afirmou ser a favor das pessoas "incubadas”, que não se assumem como “homossexual", em uma ode à família, à moral e os bons costumes.

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O Conselho colocou ainda que a parlamento municipal tem se pautado em preceitos pessoais de Vereadores em detrimento a isenção que lhes cabe para o exercício e cumprimento da função outorgadas aos mesmos pela sociedade no Estado Laico,a exemplo do Projeto de Lei que proíbe a discussão da chamada “ideologia de gênero”, expressão cunhada pelo conservadorismo e atribuída como  “causa gay”.

 “Dito isso, repudiamos que são discursos como os feitos pelos senhores Vereadores na Câmara Municipal de Maceió que alimentam as raízes da LGBTIFOBIA e do ódio, estimulando a violência contra população LGBTI+. Acreditamos numa sociedade pautada no respeito às pessoas e valorização da diversidade em todos os seus aspectos”. 

Entenda o caso

O vereador disse que na Tv Globo é mostrado que é normal o homossexualismo explicito. “Eu não concordo porque transmite à sociedade aquilo que não é normal. O homossexualismo, eu o considero como médico, uma enfermidade, patologia. Eu tenho o direito de considerar sim”, ressaltou.

O médico também afirmou que homossexualidade tem suas formas, sendo grave, moderada e leve, comparando a “doença” com a hipertensão. Além disto, o vereador disse que sentia falta da época em que os homossexuais “se escondiam para não envergonhar a família".

Ronaldo Luz ainda disse que os filhos dos senhores de engenho que tinham a doença, viravam padres para se esconder.

Para finalizar, o vereador disse que não se deve odiar, mas que condena e não aceita é dizer à sociedade que isso é normal. “Essa é a minha visão, tenho amigos homossexuais que jamais condenaria, mas é uma infelicidade para aqueles que ocorrem isso [referindo-se aos homossexuais]”, concluiu.