Ao contrário da primeira denúncia, a estratégia montada pelo presidente Temer para enfrentar a segunda é diferente, embora o método seja o mesmo: comprar deputados para barrar a denúncia feita pela Procuradoria Geral da República.

Porém, dessa vez o governo não tem pressa. E mostrou isso ao não mobilizar os aliados na sexta-feira (22) e nesta segunda-feira (25) para dar quórum. Também aguarda o desenrolar os fatos da CPI da JBS, o que pode reforçar a defesa do presidente.

O governo também sabe que os parlamentares estão ansiosos. Percebe que os seus apoiadores entendem que essa denúncia é mais uma oportunidade, talvez a última, de tirar vantagens do governo.

E qualquer demonstração de pressa valoriza ainda mais a fome dos aliados. Portanto, é melhor acompanhar o desenrolar dos fatos e agir no momento necessário, como já vem fazendo. O governo prepara a liberação de mais dinheiro para programas como o refinanciamento de dívidas Refis e o Bolsa Família.

Acusado agora por organização criminosa e obstrução de Justiça, no dia em que a PGR o denunciou o governo liberou R$ 65 milhões em emendas parlamentares. Fora os cargos dados e os que ainda estão por vir.

A emoção do jogo da classificação do CSA passa, assim como a alegria de mais uma edição do Rock in Rio também ficou pra trás.

O que não muda é a violência e os esquemas políticos.