Um dia depois de ter visto ser derrotado no STF o seu pedido de suspeição contra o procurador-geral Rodrigo Janot, tudo indica que o presidente Michel Temer será denunciado, entre hoje (14) e amanhã (15), por organização criminosa e obstrução da justiça.
Para sobreviver a essa nova grave questão terá que negociar, mais uma vez, com deputados federais para que a rejeitem. E é exatamente aí que mora o risco. São muitos os parlamentares insatisfeitos e que se sentem enganados pelo governo federal pelo descumprimento de promessas feitas para a rejeição da primeira denúncia.
Há quem compute que se a votação acontecesse neste momento, Temer não conseguiria o mesmo número de votos que o protegeu em 2 de agosto: 263.
Caso esse caso siga o caminho previsto, inclusive com o STF decidindo não acatar um novo pedido da defesa do presidente Temer – que é a suspensão prévia de qualquer denúncia contra ele enquanto não houver uma decisão sobre a validade das provas colhidas no caso das delações da JBS – o Congresso vai ferver ainda mais.
Será como o começo do que havia sido zerado, suspenso, mas com uma diferença fundamental: a insatisfação atual é maior por conta do não pagamento do que fora combinado e prometido e não há folga financeira e fiscal para novas promessas.
O caldo vai ferver.
Vida que segue.