O vereador por Arapiraca Fabiano Leão (PMDB) também saiu em luta em defesa dos vereadores do país após a veiculação de matéria da TV Globo, nesta semana, cujo teor foi “única e meramente para desqualificar o trabalho dos parlamentares” dos mais de cinco mil municípios brasileiros.  

O parlamentar ratifica a nota divulgada pela União dos Vereadores do Estado de Alagoas (UVEAL) que reprovou a reportagem que teve como título “Gasto de 70 cidades com Câmaras Municipais supera arrecadação”.  

Fabiano Leão está em seu segundo mandato, entende e defende que o vereador deve, por ofício, ser o fiscalizador da prefeitura, papel pelo qual foi eleito pelo voto popular. Para ele, os políticos não podem ser generalizados pela prática errada de alguns e os municípios não podem deixar que as decisões sejam feitas apenas pelo prefeito pois o vereador é o representante da comunidade. Ele é eleito para isso.  

“Defendo e sei da importância do vereador, esteja ele em que cidade estiver. Cumpro o meu papel como fiscalizador dos gastos do prefeito e as ações de seu secretariado para garantir o uso correto e transparente do dinheiro público. Por sua vez, os eleitores devem acompanhar as ações do seu vereador, porque quem elege é o povo e o povo tem o poder de tirá-lo na outra eleição”, disse.  

Nota da Uveal, na íntegra 

A União dos Vereadores do Estado de Alagoas – UVEAL, somando esforço com as demais entidades regionais, estaduais e a União dos Vereadores do Brasil - UVB, vem por meio desta nota expressar com profundo lamento sua reprovação a matéria jornalística veiculada pela Rede Globo no Programa Bom Dia Brasil do dia 28 de agosto de 2017 sob o título Gasto de 700 cidades com câmaras municipais supera arrecadação. 

Embora seja a Câmara Municipal a grande ouvidoria dos problemas sociais da nação, e assim, verdadeira porta-voz de seus anseios, alguns poucos, por desconhecimento, despreparo ou má fé, insistem em aleijar o processo democrático de consolidação do estado brasileiro, da qual seus membros, os vereadores, são atores indispensáveis, atribuindo-lhes carga de responsabilidade pela sempre presente falta de recursos nos cofres públicos dos municípios. 

Contudo, entendemos que a matéria não passa de falácia orquestrada, pífia, pois cheia de imperfeições de toda ordem, com informações que em partes não são intimamente ligadas à atividade do parlamento local, não podendo assim, servir de base para devaneios sobre mais remota possibilidade de extinção de uma instituição secular como é a Câmara de Vereadores, seus membros ou de sua atual formatação no ordenamento jurídico pátrio. 

A imprensa deve a sociedade, pela permissão de existência que lhe é outorgada, o respeito à soberania de suas escolhas, inclusive a da população, no sagrado exercício do sufrágio, eleger seus representantes, de ter um Poder Legislativo com membros capacitados, bem como uma estrutura compatível com a grandeza de cada município, já que a democracia tem custo e a liberdade de um povo não tem preço.   

Maceió, 30 de agosto de 2017.