O deputado Bruno Toledo (PROS) cobrou do governo do Estado, o pagamento a cerca de 80 pequenos empresários que forneceram materiais para a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), mas ainda não receberam. Segundo o parlamentar, a inadimplência ocasionou uma quebradeira nas pequenas empresas.
Toledo destacou que é natural a revolta desses fornecedores diante das denúncias decorrentes da Operação Correlatos, deflagrada pela Polícia Federal (PF) e Controladoria Geral da União (CGU), que apura supostas fraudes em licitações na Sesau entre 2010 e 2016.
“Tem empresa que tinha 15 funcionários no início do governo e hoje só tem um funcionário, que não demite por não poder pagar rescisão... O governo devia pagar o que deve a essas empresas, garantindo sustento de vários pais de família. Se há ilegalidade, que se apure... O que não dá é para ser seletivo, privilegiando alguns em detrimento de outros”, destacou, em referência as empresas citadas na operação federal.
O assunto foi levado à tribuna por Toledo logo após a denúncia, feita por Ronaldo Medeiros (PMDB), sobre o aumento de 150% no número de multas de trânsito aplicadas pela SMTT em Maceió.
“A investigação envolve o montante de R$ 237 milhões... Esse é um número alarmante que a Casa precisa cuidar”, disse, ainda em referência a Operação Correlatos, acrescentando que a prática do fracionamento continua ocorrendo: Não condeno o fracionamento quando se é extremamente necessário, mas, fracionar bolsa de sangue para Hemoal, por exemplo, não é natural... Como não se planeja isso?”, questionou.
O parlamentar também criticou o fato de o Executivo ter comprado novas ambulâncias, tendo 50 desses veículos parados em oficinas mecânicas, por falta de pagamento, e voltou a acenar com a possibilidade de uma CPI para investigar os fatos envolvendo as compras fracionadas na Saúde.
Em aparte, Ronaldo Medeiros explicou que as ambulâncias paradas são pouco econômicas, por isso o governo optou por comprar novos veículos. Ele aproveitou ainda para fazer um breve resumo das ações realizadas pelo Executivo na área da saúde.
Rodrigo Cunha (PSDB) também cobrou o ressarcimento aos fornecedores: “Ao se debruçarem sobre a operação, eles veem que foi efetuado o pagamento a outros fornecedores, mas eles sequer receberam... Alagoas recuperou a imagem de bom pagador no governo anterior e agora se joga por água abaixo uma conquista de Estado... Isso é péssimo”.