Passeando pelo Centro de Maceió.

11/08/2017 16:40 - Geraldo de Majella
Por Redação
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A decadência do Centro de Maceió é visível, basta caminhar pelas ruas para sentir o odor de esgoto escorrendo pelas sarjetas, desviando dos buracos nas calçadas irregulares, dos carros e dos ambulantes que transformam ruas tradicionais em feira livre.

Osman Loureiro governou Alagoas de 1934 a 1940 e construiu várias obras no centro de Maceió, duas delas o Mercado Público e o Instituto de Educação são emblemáticas.

O Mercado continua funcionando, mas ressente-se com a falta de manutenção.

O Instituto de Educação antiga referencia do ensino público, hoje, é um símbolo da decadência, se transformou em abrigo de dependentes químicos.

A superintendência regional do IBGE funcionou durante décadas num pequeno prédio no Beco São José, esquina com a Rua Boa Vista. Ao mudar-se para uma nova instalação a antiga sede foi abandonada e consequentemente ocupada por traças, roedores, baratas e escorpiões.

Entre a Praça dos Martírios e o final da Rua do Comércio existem cinco prédios abandonados. O Gabinete do Vice-Governador, um Casarão, vizinho ao gabinete, a Intendência Municipal, a residência estudantil e sede da UESA e a agencia sede do Produban.

A Intendência Municipal, projeto do arquiteto italiano Luigi Lucarini, inaugurada em 1910, foi restaurada na administração da prefeita Kátia Born, para voltar a ser o gabinete do prefeito (a) de Maceió. Mas, bastou a secretaria que funcionava no local desocupar o imóvel, para vândalos iniciarem a depredação.

O Restaurante universitário, a sede do Diretório Central dos Estudantes (DCE) e a Residência universitária masculina que pertencem a Universidade Federal de Alagoas (UFAL), localizados na Praça Visconde de Sinimbu, estão abandonados.   

A desconstrução da história e da memória da cidade não pode ser depositada pura e simplesmente na “rubrica” da crise econômica, as edificações foram abandonadas há pelos menos 10 ou 15 anos, a exceção é a Intendência que foi depredada entre maio e julho de 2017.

A incúria, a irresponsabilidade e a falta de política de preservação do patrimônio da cidade tem sido a regra, com todo o requinte de perversidade.

É necessário e urgente salvar o Centro de Maceió

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