Em Alagoas a miséria cresce e vira paisagem

26/07/2017 07:47 - Geraldo de Majella
Por Redação
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A Fundação Abrinq, divulgou nesta terça-feira (25), estudos onde traz dados alarmantes da vulnerabilidade da infância no Brasil: 40,2% da população de zero a 14 anos se encontra em situação de pobreza. Isso significa que 17,3 milhões de jovens são pobres no país.

As regiões mais pobre do Brasil, segundo o relatório são as regiões Norte e Nordeste “concentram os maiores índices de crianças e adolescentes em situação de pobreza, com 54% e 60,6% de jovens nessa condição, respectivamente. Percentuais menores aparecem nas regiões Sudeste (27,8%), Centro-Oeste (28,4%) e Sul (23,1%)”.

Nas regiões Sudeste, tem 4,5 milhões, Nordeste, 8 milhões e na região Norte são mais de 2,5 milhões de crianças e adolescentes vivendo em condição de pobreza familiar. Somados são mais de 15 milhões de crianças de zero a 14 anos.

Estados

Alagoas com 66% é o estado do nordestino com maior percentual de crianças e jovens pobres, em seguida vem: Maranhão (62,4%), Ceará (61%), Bahia (60,8%) e Pernambuco (60,5%).

Os cincos estados e mais o Distrito Federal com menor percentual são Rio Grande do Sul (24,9%), Paraná (24,5%), São Paulo (21,2%), Distrito Federal (20,2%) e Santa Catarina (17,7%).

Jovens em pobreza extrema

É considerado pobreza extrema quando a família tem renda mensal de até um 1/4 do salário mínimo per capita. No Brasil, 13,5% dos menores de 14 anos se encontram em situação de pobreza extrema.

“Os maiores percentuais dessa condição também estão nas regiões Norte (19,7%) e Nordeste (26,3%). A diferença dessas em relação às demais regiões do país é grande: mesmo somados, os índices de jovens em pobreza extrema nas regiões Sudeste (5,99%), Sul (5,2%) e Centro-Oeste (5%) não chegam ao valor encontrado para o Norte ou para o Nordeste”.

O Maranhão registra o maior percentual de crianças menores de 14 anos de idade na condição de pobreza domiciliar extrema (35,2%), seguidos do Ceará (28,6%), Alagoas (28,3%), Bahia (24,7%), na região Nordeste e o estado do Pará (23,9%), na região Norte.

A principal política pública em Alagoas é o Programa Bolsa Família (PBF) que beneficia 377.698 mil famílias. O PBF é destinado as famílias com renda per capita de até R$ 85 ou com renda per capita  entre R$ 85,01 e R$ 170 mensais, desde que tenham crianças e/ou adolescentes de 0 a 17 anos. É obrigatório que a criança tenha matrícula escolar e apresente frequência mínima de 75% e 85%, respectivamente, a cada bimestre.

Maceió tem o maior número de beneficiários do programa são 55.226 famílias.

O programa Bolsa Família tem impacto significativo na redução da miséria mas não é o suficiente para erradicar a miséria e a pobreza em Alagoas e no país, será necessário a ampliação do PBF e a implantação de  outras políticas públicas de inclusaõ social.

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