O senador Renan Calheiros (PMDB) repercutiu na sessão de ontem, 13, no Senado, a apreensão de 60 fuzis de guerra no Aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, no começo do mês, e a suspeita que o responsável pelo envio das armas, o traficante Frederik Barbieri, tenha entrado e saído do Brasil três vezes, mesmo com a prisão decretada.

Calheiros classificou de “extremamente preocupante” que o tráfico de armas continue ativo no País.

“Como defensor do desarmamento, como alguém que trabalhou para que nós fizéssemos, realizássemos no Brasil um referendo contra a proibição da industrialização e de venda de arma, essa notícia vem na contramão de tudo que está acontecendo no País”, destacou, lembrando sua atuação na campanha do desarmamento realizada em 2005.

No pronunciamento, Calheiros frisou que o desarmamento se fez, no Brasil, “para todos”.

(Observação: ao que parece, os criminosos não foram informados sobre isso).

Continuando...

 “Como é que pode o tráfico continuar mandando armas para o País, continuadamente, pelo aeroporto, através de um traficante já com prisão decretada pela Justiça nacional? Isso é um absurdo... E essa preocupação para mim é ainda maior quando o noticiário informa que um dos escritórios de tráfico de arma estava localizado em Alagoas, em Maceió”, completou o senador.

O nome da empresa com sede em Maceió que seria uma das responsáveis pela importação ilegal de fuzis entre Estados Unidos e Brasil não foi divulgado pela polícia.