Devido a um atraso na instalação, o Hospital de Campanha do Exército montado na cidade de Marechal Deodoro vai começar a funcionar nesta segunda-feira (05). O hospital vai atender as vítimas das chuvas que ficaram desabrigadas e desalojadas e que tiveram contato com lama, inundações ou água suja.

A instalação da unidade vai funcionar 24 horas e tem capacidade para manter até 21 pessoas internadas.

O comandante do 59º Batalhão de Infantaria Motorizado (BIMTz), coronel Nilson Rodrigues, disse ao CadaMinuto que a estrutura vem de Recife, capital pernambucana. Ao todo, 60 militares serão empregados no efetivo responsável pela manutenção e atendimento.

“Nosso planejamento era para um efetivo de 46 pessoas, mas após um reconhecimento no local e contato com as secretarias de saúde, o cronograma foi revisto e atualizado. No local teremos militares que irão fazer a segurança da estrutura, médicos e enfermeiros para atender as pessoas”, explicou o coronel.

De acordo com o comandante do Exército, as unidades de saúde de Marechal Deodoro, Pilar e Atalaia ficarão responsáveis pelo atendimento inicial das pessoas, como forma de avaliar os casos que requerem mais cuidados. Estes serão encaminhados ao Hospital de Campanha do Exército. A estrutura poderá atender casos que necessitem de internação de até 48 horas, porém os casos avaliados muito graves poderão ser encaminhados para o Hospital Geral do Estado (HGE).

“Nós teremos ambulâncias e uma UTI móvel no Hospital de Campanha para levar pacientes em casos muito graves a Maceió. Toda essa logística só é possível graças ao trabalho conjunto realizado com os municípios, o Governo do Estado e o Exército Brasileiro. O Hospital vai funcionar até que as condições de saúde estejam normalizadas nos municípios atingidos, com recuperação dos postos e unidades de saúde que foram danificadas pelas chuvas e todas as condições de atendimento sejam restabelecidas”, informou.

O Hospital de Campanha possui recepção para triagem, três enfermarias, farmácia, emergência, sala de procedimentos e 21 leitos. O equipamento funcionará 24 horas e permanecerá ativo até que a rede pública de saúde volte a operar normalmente. A estrutura é totalmente climatizada e possui gerador próprio de energia.

"Na unidade, atenderemos pacientes com doenças de veiculação hídrica como leptospirose, hepatites, casos de diarreia, dentre outros. Os pacientes mais susceptíveis em eventos como esse, de enchentes, são as crianças e os idosos", revelou a médica tenente Sonja Barros.