A rotina de quem depende de transporte complementar em Maceió e em Rio Largo está longe de ser fácil. Usuários dos ônibus reclamam, diariamente, das séries de irregularidades que encontram durante o percurso. Irregularidades que vão do excesso de passageiros até o motorista usando o celular enquanto dirige.
Mesmo com fiscalizações por parte da Superintendência Municipal de Transporte e Trânsito (SMTT) e da Agência Reguladora de Serviços Públicos de Alagoas (Arsal), algumas situações passam despercebidas.
Para o estudante de Administração, Lucas Batista, morador do Cruzeiro do Sul, após a determinação da Arsal que estabelece um limite de passageiros em pé e com uma fiscalização constante no bairro onde mora, os motoristas dos transportes complementares ainda são displicentes.
Segundo o estudante, ele já perdeu as contas de quantas vezes viu o condutor dirigindo e falando ao telefone. Lucas ainda ressaltou que ainda há dois problemas com relação ao veículo. “Os motoristas não usam cinto de segurança, só quando percebem que vai ter uma fiscalização e excedem o limite da velocidade. Eles não pensam nos passageiros”.
Lucas não é o único a reclamar do serviço. A acadêmica de Direito, Beatriz Marques, comentou que ir para a faculdade é mais tranquilo, entretanto, na volta, o transporte que ela pega para a residência sempre está lotado.
“O cobrador ainda fica pedindo para que os passageiros andem para o fundo do ônibus para caber mais gente”, comentou.
Beatriz também diz que o excesso de velocidade é uma das maiores preocupações dela. “Quando eles precisam chegar a tempo no ponto deles, eles correm demais e isso coloca a vida de todos em risco”.
Fiscalizações
Na última terça-feira (16), a SMTT informou que durante os últimos oito meses, em fiscalizações de regulares, cerca de 500 veículos já foram abordados e mais da metade deles, 255 ônibus, foram flagrados em situação irregular.
As infrações mais recorrentes são excesso de passageiros, parada fora dos pontos e em pontos de ônibus coletivos, fora da faixa exclusiva e direção perigosa.
“A fiscalização ocorre também com foco em veículos não regulamentados, conhecidos como clandestinos. Porém, o transporte complementar intermunicipal tem sido flagrado cometendo irregularidades dentro de Maceió. Já entramos em contato com a Agência Reguladora de Serviços Públicos de Alagoas para relatar a situação”, afirmou o titular da SMTT, Antonio Moura.
A Arsal, por meio da assessoria de comunicação, informou que a SMTT também fiscaliza em Maceió e que a Arsal atua com fiscalização nas divisas. O órgão também disse que os passageiros podem entrar em contato com a Arsal por meio da ouvidoria através do número 0800 284 0429 e denunciar informando o nome da linha, horário e local que aconteceu o fato para que haja mais fiscalização em pontos com um grande número de ocorrências.
