Há quem diga que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso morre de inveja do ex-presidente Lula. FHC é adorado pela cúpula do PSDB, por paulistas ricos e intelectuais. Já Lula ultrapassa esse limite, por isso é, ainda, a maior liderança política do País.
Pois bem, mesmo que seja verdadeiro o rancor de FHC, algumas de suas avaliações precisam ser mais bem entendidas. Claro, dando o devido desconto a um ancião (85 anos) que recentemente foi capaz de apontar o apresentador Luciano Huck, da Globo, como "o novo" na política, assim como o prefeito de São Paulo, João Doria.
Declaração como à citada acima precisa ser compreendida dentro do atual contexto político. Todas as principais lideranças do PSDB foram delatadas no âmbito da Operação Lava Jato, caso dos senadores Aécio, Serra e do governador Alckmin (SP). Portanto, o velho PSDB definhou para o pleito de 2018, são candidaturas frágeis, o que é apontado em diversas pesquisas.
Voltando ao tema proposto, FHC disse, durante evento em Buenos Aires, que “uma eventual prisão” do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que lidera a preferência da maioria dos brasileiros para retornar à Presidência da República, “seria coisa da vida".
Ele, que chegou a ser ouvido como testemunha de defesa de Lula este ano no caso que investiga supostas irregularidades no Instituto Lula, disse, também, que prefere “não imaginar Lula preso”. “Não sei o que ele fez. Dependendo do que foi, o que o juiz poderá fazer?”.
Para FHC, “a Justiça não pode julgar em função da popularidade, e sim se cometeu ou não o crime, a lei é para todos”. Para ele, Moro não está fazendo um “julgamento político” do petista. “É um tribunal normal do Brasil que alcançou muita gente, inclusive do meu partido, que foi incluído na investigação da Lava Jato. Por isso acho que as investigações precisam prosseguir”, explicou FHC.
De fato, fazia algum tempo que o ex-presidente Fernando Henrique não apresentava sinais claros de normalidade e de que ainda controla as suas ideias.
Mas não dá pra levá-lo a sério quando disse recentemente que Doria e Huck representam o novo na política - faz favor, né? -, porque, nesse caso, dá pra cravar que o ex-presidente sofre de desequilíbrio mental.