Tem muito político alagoano se aproximando do último capítulo do livro para descobrir entre os personagens quais serão candidatos ao Senado em 2018. Entre esses leitores tem gente apostando firmemente na candidatura do prefeito de Maceió, Rui Palmeira (PSDB).
De um secretário municipal ouvi que tudo pode acontecer, inclusive nada. Rui se nega a falar sobre o tema e até já deu esporro em um secretário que tentou provocar uma discussão sobre o tema eleições 2018.
De qualquer forma, para muita gente o caminho menos tortuoso para o prefeito é a disputa ao Senado. Ao governo ele enfrentaria o também bem avaliado governador Renan Filho (PMDB), páreo duríssimo, de risco elevado. Mas se topar o Senado as chances aumentam. Afinal de contas são duas vagas.
Talvez exatamente por causa dessa leitura o prefeito foi alvo, nos últimos vinte dias, de ataques do senador Renan Calheiros (PMDB). Rui deu o troco, na mesma proporção, em entrevistas a veículos de comunicação.
Para disputar o Senado, Rui teria ainda que chegar a um entendimento com o senador Biu de Lira (PP) - aliado que deverá tentar renovar o mandato. Assim como com o chefão do PSDB em Alagoas, o ex-governador Teotonio Vilela, outro citado como candidato, mas o único capaz de decidir o futuro de Rui porque controla partido.
Além disso, outros nomes – uns mais e outros menos fortes - podem entrar na disputa, casos de Ronaldo Lessa (PDT), bem avaliado nas pesquisas, Marx Beltrão (ainda no PMDB), a surpresa JHC (PSB) e a sempre competitiva Heloísa Helena (REDE).
No entanto, é importante notarmos que Biu, Renan e Vilela estão enroladíssimos nas investigações, processos, denúncias e delações no âmbito da Operação Lava Jato. Ou seja, as perspectivas de que esses três tenham imensas dificuldades, ou que até desistam da candidatura para um voo com menor risco não pode ser descartada.
Não será brincadeira para qualquer um enfrentar a pancadaria de Heloísa e/ou JHC, por exemplo.
Outro problema que pode surgir para o lançamento da candidatura de Rui ao Senado é a proximidade histórica e política que existiu (existe) entre Renan e Vilela e entre Vilela e Biu de Lira.
Será que isso pode ser reatado?
O fato é que fazia tempo que o estado não testemunhava uma possibilidade concreta de derrota de algumas de suas principais lideranças políticas nos últimos dez, quinze anos.
Aguardemos a conclusão do livro para sabermos como e se esses nós serão mesmo dados, mantidos ou refeitos com acordos, entendimentos, traições e vítimas.
As apostas estão em cima da mesa.