Diz o ex-ministro do Supremo Tribunal Federal Nelson Jobim que o ex-presidente Lula preso elege qualquer um, em 2018, principalmente o Ciro Gomes. Para Jobim, “Lula tem densidade eleitoral e, portanto, será interlocutor importante nas próximas eleições”.
Jobim tem razão. As pesquisas publicadas até o momento mostram isso – como já divulgado em postagens anteriores neste espaço. Lula cresce nas pesquisas, dois ou três pontos, sempre que o presidente Michel Temer anuncia alguma ação negativa, caso da reforma da previdência, legislação trabalhista, fim do ciência sem fronteiras, por exemplo.
Ele também é beneficiado pelo erro estratégico do PSDB de estar associado ao governo Temer. Some a isso as denúncias contra Aécio Neves, José Serra e Geraldo Alckmin de recebimento de propinas das construtoras.
Dito isso, vamos à pesquisa realizada em Pernambuco pela Uninassau, entre os dias 23 e 24 de março, junto a 2.014 eleitores de todo o Estado, com margem de erro de 2,2% e índice de confiança de 95%:
Lula da Silva, caso as eleições fossem hoje, estaria eleito com 65% dos votos. Em seguida aparecem empatados com 6% Jair Bolsonaro (PSC) e Marina Silva (Rede). Também empatados estão o governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB), o senador mineiro Aécio Neves (PSDB) e Ciro Gomes (PDT).
Na pesquisa espontânea Lula aparece com 58,8%. Bolsonaro (5,1%), Marina (3,3%), Dilma (1,5%). 3,2% dos entrevistados citaram outros candidatos e 1,1% não escolheu nenhum candidato. Os que não responderam ou não souberam responder somaram 27%.
Como também não é surpresa, pesquisa diz que Michel Temer é o pior presidente do Brasil, reprovada por 91% dos pernambucanos.
De fato, não precisa ser nenhum gênio para cravar que hoje Lula é o favorito e o maior cabo eleitoral na disputa do ano que vem.
E não importa se é investigado ou denunciado, nem se será inocentado ou condenado.
Vida que segue.