Quando uma autoridade tem ciência do seu poder, ela não se preocupa com questões minúsculas, mas, isso sim, mira no futuro, planeja, pensa grande, busca reconhecimento pelas suas boas ações em prol da sociedade.

Quando essa autoridade não tem ciência do seu poder, vive apenas para o seu círculo limitado de apoiadores e simpatizantes porque não entende o papel que pode desempenhar.

 Talvez isso explique o motivo pelo qual o Brasil não consegue chegar – sequer se aproximar - ao patamar de desenvolvimento econômico e social das maiores nações do mundo.

Como exemplo cito dois fatos simplórios:

1 – O juiz Sérgio Moro determinar a condução coercitiva do blogueiro Eduardo Guimarães, o que provocou reações contrárias dentro e fora do Brasil.

2 – Deputado estadual alagoano consegue na justiça estadual que o jornalista Davi Soares, entre outras coisas, fique impedido de citar o seu nome em suas reportagens.

Resumindo, dois juízes e um deputado estadual optando por situações e embates bobos quando deveriam, caso fossem conhecedores do exato tamanho e significado do papel que deveriam exercer, ter um tipo de atitude completamente diferente.

Talvez por tudo isso – mas não só por isso -, é que tenhamos muito mais ‘otoridades’ dentro dos poderes ultrapassando os limites constitucionais, desrespeitando os direitos individuais, vazando informações sigilosas, tomando decisões arbitrárias, partidos e políticos recebendo recursos ilícitos para campanhas e para enriquecimento particular.

Enfim, faltam-nos líderes/autoridades cientes dos exemplos que devem dar com ações maiores do que os seus intestinos.

Saber, por exemplo, o que é liberdade de expressão e, no mínimo, o significado de sigilo da fonte.

Enquanto isso, “onde é que está mesmo o fundo do poço?”