O arcebisbo da capital alagoana, D. Antônio Muniz Fernandes, denunciou o uso eleitoreiro da política pública de prevenção da violência e de tratamento a dependentes químicos por parlamentares do Estado. O religioso citou, por exemplo, que o deputado federal Givaldo Carimbão (PHS) se aproveita da secretaria de Estado de Prevenção a Violência (Seprev) para favorecer seus interesses políticos.
A secretaria é comandada pelo filho de Carimbão, o deputado estadual conhecido por Carimbão Júnior (PHS) e, segundo o arcebisbo metropolitano de Maceió, “os rumos eleitoreiros que o tratamento à dependência química vem tomando em Alagoas está transformando algumas comunidades terapêuticas em espaços de proselitismo político”.
Nova denúncia
Esta é a segunda vez, em menos de dois meses, que D. Antônio Muniz fez a denúncia sobre essa situação, mas agora por meio de nota de repúdio na qual cita a pasta da gestão do governador Renan Filho (PMDB). O arcebisbo preside a Rede Cristã de Acolhimento, sediada em Maceió.
A denúncia traz ainda um trecho que relata um encontro que foi realizado na última semana, em Santana do Ipanema, no Sertão alagoano, cujo objetivo seria amedrontar e ameaçar alguns dirigentes de comunidades terapêuticas que dependem de verba pública para sua manutenção.
No início do ano, D. Muniz concedeu uma coletiva e na oportunidade denunciou que a distribuição de recursos do Estado para algumas comunidades terapêuticas estariam seguindo critérios eleitoreiros. De acordo com o líder católico, as instituições são usadas até por aliados do governador Renan Filho (PMDB) e que as mesmas recebem cotas mensais maiores do que outras entidades do mesmo porte.