Candidato declarado à presidência da República em 2018, o ex-ministro e ex-governador do Ceará, Ciro Gomes, não alivia nem quando trata sobre o amigo e aliado Lula da Silva quando o tema é política e eleição.

Para ele, a candidatura do petista seria um “desserviço, tanto para o país quanto para ele (Lula)”.

Pois bem, dependendo do ponto de vista, Ciro tem razão.

Primeiro: O cearense quer que Lula não se candidate.

Segundo: Ciro quer o apoio de Lula.

É que, como reconhece o presidenciável do PDT, Lula ainda detém capital político para canalizar a favor e contra ele todo o processo eleitoral.

Porém, analisa Ciro Gomes, “na melhor hipótese ele ganha potencializando essa hostilidade mesquinha que vai agredir na porta do hospital a mulher dele que estava moribunda."

De fato, uma candidatura vitoriosa de Lula tende a manter o Brasil perigosamente dividido e uma disputa eleitoral de duros ataques entre os oponentes.

Por outro lado, até o momento apenas o ex-presidente surge como capaz de resgatar, no imaginário popular, o passado recente de desenvolvimento e inclusão social que a sua gestão proporcionou.

Ciro Gomes também tem tratado sobre o governo Michel Temer e outros temas. Leia abaixo algumas de suas declarações concedidas à coluna Estadão:

"Governo Temer: É um desastre em todos os ângulos que se queira considerar. Hoje você tem taxa de juros de 13% com uma inflação projetada inferior a 4%. Ou seja, a taxa real de juros do governo Temer está subindo no momento de depressão econômica”.

“Hoje o Congresso é fisiológico e corrupto. Você tem na linha de sucessão delatados: Michel Temer, que eu conheço e sei que está envolvido até o pescoço com tudo o que não presta nos últimos 20 anos- Tem o Enuncio Oliveira (presidente do Senado), que o Brasil vai conhecer. Chega a ser vulgar e inacreditável como a maioria esmagadora dos senadores vota.”

“Eu vou pensar cem vezes antes de ser candidato. Eu tenho vontade de ser presidente do Brasil, isso é notório há muitos anos. Me preparo para isso. Porque se eu entendo que é minha tarefa, vou fazer história. E não tem conversa, não vou me reeleger. Não vou para fazer graça com ninguém, eu vou para fazer o que tem de ser feito e ir pra casa. Quebrar ou ser quebrado."