Em entrevista a TV Senado, o senador Benedito de Lira, líder da bancada do PP, defendeu que a reforma da Previdência Social é dolorida, mas, necessária. “É preferível ter uma dose dolorida hoje do que amanhã ter desengano... Se não tomarmos as providências hoje, amanhã não há Previdência Social”, analisou.
O senador também afirmou que o projeto não irá retirar direitos adquiridos, mas, disciplinar o que era feito “açodadamente” e de forma eleitoreira: “Muitas coisas feitas nesse País foram visando à eleição, o que trouxe sequelas de prejuízos”.
Questionado sobre a impopularidade da matéria, Lira disse que a população será chamada para discutir o tema no Senado, mas, em outras palavras, admitiu que o povo vai ter que engolir a reforma.
“A população vai ter que entender que a necessidade é agora ou jamais acontecerá. Se você não tiver coragem para tomar as decisões, ao invés de vir para o Congresso, vá para casa”.
Otimista, Lira aposta que os defensores da matéria irão arcar com a impopularidade agora, mas, no futuro, o brasileiro irá compreender que o remédio amargo foi necessário para salvar o País.
Eu não apostaria na complacência – nem na compreensão - de quem, mais uma vez, irá pagar a conta dos desmandos do passado e do presente e pagar o pato pelas decisões de quem não sofrerá efeito colateral algum desse remédio.
Ou será veneno?