A mesa dos brasileiros ainda segue com a ausência ou a diminuição de muitos itens essenciais. Apesar da queda do valor de alguns alimentos registrada no mês de janeiro pela Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), Maceió apresentou elevação nos valores praticados ao consumidor.

Segundo dados do Dieese, considerando o acumulado de 12 meses, 14 cidades brasileiras revelaram um aumento ficando Maceió na primeira posição com elevação de  15,99%. Em seguida aparece Fortaleza (11,89%) e Belém (8,52%).

Janeiro

Entre as 13 localidades com redução, as mais expressivas foram anotadas em Belo Horizonte (-6,71%); Campo Grande (-4,69%); Palmas (-4,45%) e Brasília (-4,23%).

Ao longo de janeiro, a capital do Acre, Rio Branco, foi a que apresentou o maior recuo (-12,82%), seguida de Cuiabá (-4,16%), Boa Vista (-3,94%) Campo Grande (-3,63%) e Curitiba (-2,97%).

Já as altas ocorreram em Fortaleza (4,64%), Aracaju (2,18%), Salvador (1,30%), João Pessoa (0,76%), Teresina (0,57%); Manaus (0,18%) e Brasília (0,22%).

A cesta mais cara foi encontrada em Porto Alegre (R$ 453,67). O segundo maior valor também está no sul do país (Florianópolis, com R$ 441,92) e, na terceira posição, vem o sudeste com o Rio de Janeiro (R$ 440,16). Em sentido oposto, aparecem na lista, com os custos mais baixos, Rio Branco (R$ 335,15) e Recife (R$ 346,44).

Valor do salário mínimo ideal

Pelos cálculos do Dieese, com base na cesta mais cara do país, o trabalhador deveria ganhar um salário mínimo de R$ 3.811.29 para sustentar uma família com quatro pessoas. O valor é 4,07 vezes maior do que o atual mínimo (R$ 937,00).

Comparado a janeiro de 2016, caiu a diferença entre o oficial e o ideal, já que há um ano o teto considerado necessário foi estimado em R$ 3.795,24 ou 4,31 vezes mais do que o salário mínio vigente naquele período (R$ 880,00).

A pesquisa aponta ainda que, com a correção do piso salarial em 6,48%, o trabalhador compromete 91 horas e 48 minutos para ganhar o equivalente para a compra dos produtos, tempo inferior ao mensurado em dezembro último (98h58) e em janeiro de 2016 (97h02).

São Paulo tem custo da cesta reduzido

Considerando o custo da cesta básica e o valor líquido constante no contracheque do trabalhador, em que já está descontado o recolhimento da Previdência Social, o comprometimento do ganho para adquirir os produtos atingiu em janeiro 45,36%, taxa menor do que a de dezembro último (48,89%) e janeiro de 2016 (47,94%).

Na cidade de São Paulo, o custo da cesta recuou 0,68% com valor de R$ 435,89, o quarto maior do país. No acumulado de 12 meses, a variação foi negativa em 2,77%. Entre os produtos que mais influenciaram esse resultado estão o feijão carioquinha (-17,75%); a batata (-14,63%); o leite integral (-2,66%) e a farinha de trigo (-0,58%).

*Com Agência Brasil