Alagoas foi um dos estados que teve retrocesso econômico de pelo menos seis anos, segundo projeções do economista Adriano Pitoli, publicada em matéria do jornal OGlobo. O levantamento aponta que 12 estados e o Distrito Federal regrediram ao patamar de quase uma década durante a recessão vivida pelo país em 2015 e 2016.
Além de Alagoas, figuram na lista São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo e Minas Gerais, onde a recessão foi maior, além de Rio Grande do Sul, Paraná, Amazonas, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Sergipe, Bahia e Distrito Federal.
Segundo o economista, o Produto Interno Bruto (PIB) de todos os estados do país encolheu neste biênio, sendo mais agravado nos estados citados. Alagoas registrou uma queda de 7,9%, 3,7% em 2015 e 4,2% no ano passado, enquanto que no Brasil o PIB encolheu 6,8% em dois anos, sendo 3,8% em 2015 e 3,5% em 2016.
Ou seja, o estudo da Tendências Consultoria Integrada, divulgado pelo OGlobo, mostra que a recessão que atingiu o Brasil foi disseminada, afetando tanto as regiões mais ricas do Sudeste e do Sul, como estados do Nordeste. Os números oficiais dos PIBs estaduais são medidos pelo IBGE, mas os últimos dados disponíveis são de 2014.
O Rio de Janeiro, cujo PIB encolheu 7,2% em dois anos, de acordo com o estudo, tem um dilema ainda maior, devido à crise de suas contas públicas e ao que o economista classifica como um legado perverso deixado pelos Jogos Olímpicos.
Amazonas e São Paulo, dois estados bastante industrializados, e portanto mais sensíveis aos ciclos econômicos, tendem a ter uma recuperação mais acentuada assim que a economia do país voltar a crescer, preveem analistas. Marcelo Souza, superintendente adjunto de Planejamento da Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa), polo industrial responsável por 92% da receita do estado do Amazonas, diz que a recessão levou o complexo a demitir 30 mil pessoas."
*Com informações OGlobo