Terminada eleição do ano passado, o vitorioso Rui Palmeira (PSDB), reeleito prefeito de Maceió, iniciou o seu segundo mandato. No entanto, passados quase cem dias, a administração municipal tá um marasmo danado.

Há quem pense que teve a ver com os períodos: em novembro, ressaca da eleição; em dezembro, ocorreram as festas de final de ano; e em janeiro, as férias tradicionais - que ninguém é de ferro! Seguindo esse raciocínio, como fevereiro tem  carnaval também vai ser no estilo ‘devagar, devagarinho’.

Deixando a ironia de lado, tem gente já comentando que pode ser a maldição do segundo mandato. De fato, recentemente vimos acontecer em duas gestões: Primeiro com Kátia Born, depois com Cícero Almeida. Ambos foram prefeitos eficientes e vibrantes no primeiro mandato. No segundo foram tão desastrosos que não conseguiram eleger os seus sucessores.

No caso de Rui, é torcer para que a ‘lerdeza’ atual seja suplantada o quanto antes, ou pelo menos que depois do carnaval a vida administrativa volte à rotina anterior. Afinal de contas, olhar apenas para as eleições de 2018, desejar conquistar o governo de Alagoas e abandonar a capital, corre o risco de sequer conseguir emplacar uma candidatura viável.

Ao contrário dos comandantes de Maceió, o governador Renan Filho (PMDB) “anda e corre” como quem disputa uma maratona. Após as eleições de 2016, planejou e começou a colocar em execução mudanças no secretariado exatamente onde os resultados não agradaram. Ao mesmo tampo, organiza mais obras e ações nos municípios e tenta manter e aumentar apoios.

Até mesmo uma mudança na secretaria de Cultura é tratada com cautela. Como 2017 é um ano em que Alagoas comemora o Bicentenário de Emancipação Política, os festejos terão visibilidade nacional e com eles o governador pode se aproximar do eleitor mais jovem. O problema é ter a frente de toda organização a secretária Mellina Freitas, cheia de problemas jurídicos da época em que comandou a Prefeitura de Piranhas.

Há saída?

Dizem que é tirar o problema do colo do bem avaliado Renan Filho.

Como?

Renan pai colocaria Mellina numa secretaria de algum Ministério ou numa Superintendência Federal com boa visibilidade. Críticas ocorreriam, mas estas não seriam contra o filho, mas sim contra o senador, já um casca grossa para pancadas.

O fato é que essa estratégia não colocaria sob-risco o apoio político dos Damascenos de Freitas, comandados pelo desembargador afastado do TJ Washington Luiz, pai de Mellina, e o seu tio, o deputado estadual Inácio Loiola.

Um corre. O outro para. 2018 já está bem próximo.

 Aliás, no calendário político já estamos em 2018.