Nesta quarta-feira (1º) o senador Renan Calheiros (PMDB) vai deixar o cargo de presidente do Senado, mas já avisou aos colegas da legenda que vai assumir outra cadeira: o comando da bancada peemedebista na Casa Legislativa.

A ideia é seguir sendo o protagonista, não apenas um mero espectador no cenário político de Brasília e, por tabela, em Alagoas onde ele (Renan) vai tentar a reeleição para o Senado nas eleições do ano que vem.

A tarefa será redobrada com a campanha paralela do filho que vai buscar a renovação do mandato de governador. Mas é nesse sentido que os dois Renans se separam. Um em queda livre, correndo o risco de ter o mandato cassado e até ser preso. O outro, aumentando a arrecadação do Estado, com dinheiro em caixa, entregando obras e executando tantas outras e um calendário de ações e investimentos para 2017 que supera o ano anterior.   

Em Brasília 

Renan, o pai, sinalizou desde o início do ano que não pensa em ocupar outro cargo dentro do PMDB que não seja a liderança no Senado. Existe um problema interno com o senador Raimundo Lira, da Paraíba, mas aliados já estão trabalhando para tentar convencê-lo que esta não é a hora dele.

Fontes de Brasília garantem que Raimundo não abre mão do cargo, mas Renan tem a preferência da maioria dos pares e já há quem busque um plano B para dar ao senador paraibano um prêmio de consolação. Uma banquinho no canto da mesa.

Em Alagoas

Já Renan, o filho, tem uma gestão aprovada por boa parte da população alagoana, mesmo sem dados oficiais de alguma pesquisa, mas dá pra sentir a resposta junto à população; eu disse boa parte. Mesmo com o crescimento do PSDB após a eleição de 2016, o cenário é de bom presságio, apesar da cautela.

Se em 2014 Renan derrotou os adversários sem ter que vincular o nome do pai na campanha eleitoral, o formato deve se repetir em 2018, com uma vantagem: agora a população já sabe separar o Renan do Renan.